A Polícia Federal (PF) prendeu três homens acusados de comandar um
esquema para levar ilegalmente estrangeiros para os Estados Unidos (EUA),
passando pelo Brasil.
Nenhum deles é brasileiro, um é argelino, o outro sul-africano e o
último iraniano. Segundo a investigação, eles falsificavam vistos para que
pessoas da África Oriental pudessem entrar no país pelo Aeroporto Internacional
de Guarulhos. Foram identificadas 72 pessoas que teriam sido levadas pela
quadrilha.
A investigação começou em julho do ano passado, com informações da
agência norte-americana de imigração. Os depoimentos de quatro pessoas que
entraram ilegalmente nos Estados Unidos apontaram para a existência da
quadrilha que operava em São Paulo. Os imigrantes pagavam, de acordo com a PF,
entre US$ 5 mil e US$ 7 mil para fazer a travessia do país de origem até a
fronteira com os EUA.
De São Paulo, as pessoas eram levadas para Rio Branco, no Acre, onde atravessavam
a fronteira para o Peru. O trajeto, que chegava a durar 90 dias, envolvia ainda
passagens pelo Equador, Colômbia e Panamá, inclusive em áreas de floresta. Os
imigrantes vinham de países como Somália, Iêmen, Tanzânia, Quênia, Etiópia e
Eritreia. A maioria são homens entre 20 e 30 anos de idade.
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