Sóstenes Rodrigues Braga ficou
com marcas da violência no rosto depois de levar socos, chutes e pisões durante
uma discussão
Vítima de homofobia é espancado
por 4 homens em lanchonete
Um jovem de 18 anos denuncia ter sido vítima de homofobia após sofrer
agressões de quatro homens em uma lanchonete de Acopiara, município na Região Sul
do Ceará, na madrugada do último sábado (14). Sóstenes Rodrigues Braga ficou
com marcas da violência no rosto depois de levar socos, chutes e pisões durante
uma discussão. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na
delegacia de Acopiara, que investiga o crime.
A vítima relatou em redes sociais que chegou ao local por volta de
1h30, acompanhado de amigos, e começou a ouvir ofensas e “comentários maldosos
e homofóbicos” de um grupo que já se encontrava no estabelecimento.
“Desde que cheguei ao dito local já tinha me deparado com piadas,
comentários maldosos e homofóbicos de uns homens da mesa ao lado, eles
comentavam até sobre as unhas dos meus pés que estavam pintadas, no entanto eu
sempre me defendia das ofensas dos mesmos tentando parar com os comentários,
mas só fazia piorar”.
Agressões - O rapaz diz que os amigos entraram na
discussão com o grupo, até que um dos agressores partiu para a violência
física.
“Uns colegas da mesa começaram a discutir, eu tentei ajudar com que
eles parassem de discutir, e foi aí que um dos mesmos caras me abordou dizendo
que eu era um viado muito valente, e eu todo momento na defensiva, quando um
deles diz que vão me bater pra eu deixar de ser um viado tão valente”.
Braga também afirma que precisou se fingir de morto para escapar da
violência.
“Pelo que me recordo veio um me agredir e os outros três em seguida
somando quatro covardes que com socos, chutes e pisões me agrediram de forma
tão cruel, só consegui me sair dessa situação quando me fingi de morto, foi
quando garçons da lanchonete e uma de minhas amigas me tiraram daquele terror”.
O jovem foi à delegacia acompanhado de membros da Comissão da
Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil - (OAB)
subseção. Em depoimento, ele afirma que conhece os agressores, todos moradores
de Acopiara.
A comissão de advogados reforça que o caso se trata de homofobia, crime
previsto em lei com pena de três a cinco anos de prisão. Segundo a comissão, os
agressores também podem ser indiciados por lesão dolosa, cuja pena pode chegar
a cinco anos de reclusão.
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