Uma investigação da Polícia Civil sobre o desaparecimento de sete
jovens na favela Cinco Bocas, em Brás de Pina, na zona norte do Rio, concluiu
que as vítimas foram mortas por traficantes e tiveram seus corpos jogados aos
porcos, no bairro de Parada de Lucas, também na zona norte.
O caso ocorreu em 26 de maio deste ano e, segundo a denúncia do
Ministério Público (MP-RJ), os assassinatos ocorreram devido a uma disputa de
territórios entre fações criminosas.
"Os referidos cadáveres não foram localizados, havendo nos autos
depoimentos e postagens em redes sociais de moradores segundo as quais os
cadáveres das vítimas foram retirados do local (...) e dados a porcos para
serem comidos (...). Os corpos das vítimas, totalmente picotados, foram jogados
como alimentos para porcos selvagens que são criados em Parada de Lucas, os quais
comem inclusive os ossos".
De acordo ainda com o inquérito, os jovens foram mortos a mando de
Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe do tráfico da Cidade
Alta. O bando do criminoso queria ocupar, na ocasião, a favela das Cinco Bocas,
dominada por outra facção.
Além de Peixão, que está foragido, o Tribunal de Justiça do Rio
decretou a prisão de outros 10 traficantes, que pertenceriam ao grupo conhecido
como "Bonde do Peixão" e que teriam envolvimento no crime. Eles são
acusados de homicídio e ocultação de cadáver.
O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 2 mil sobre informações
que levem a prisão de Peixão. O traficante é nascido em Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense. Ele já era acusado por tráfico de drogas, associação para o
tráfico e corrupção ativa para o tráfico ilícito de drogas praticado por
funcionário público.
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