terça-feira, 3 de setembro de 2019

Gerentes do Banco do Brasil suspeitos de desviar R$ 59 milhões no Ceará têm prisões preventivas decretadas

Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca são investigados por integrar organização criminosa interestadual

Imagens de câmera de segurança que fazem parte das investigações da polícia mostram suspeitos em hotel em agosto de 2019  — Foto: Reprodução
Imagens de câmera de segurança que fazem parte das investigações da polícia mostram suspeitos em hotel em agosto de 2019

As prisões temporárias dos gerentes do Banco do Brasil suspeitos de desviar R$ 59 milhões da instituição foram convertidas em prisões preventivas, nesta segunda-feira (2). A decisão foi tomada pelo juiz Caio Lima Barroso, da Vara Única da Comarca de Pentecoste, no interior do Ceará, após pedido do promotor Jairo Pequeno, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).
Pedro Eugênio Leite Araújo e Celso Luiz Grillo de Lucca são suspeitos de integrar organização criminosa interestadual, cuja ação desviou R$ 59.998.765,55 de duas unidades do banco no interior do Ceará. Eles disseram ter sido sequestrados e obrigados a realizar as transações bancárias, contudo a polícia argumentou que a declaração "não se sustenta".

O caso - Dois homens e uma mulher foram detidos no último dia 23, na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, enquanto faziam operações financeiras. Na ocasião, foi verificado que um dos presos havia recebido em sua conta o valor desviado. O dinheiro, segundo as investigações, teria sido transferido por meio de aviso de crédito feito pelos gerentes.
No mesmo dia, dentro da agência do banco na cidade de General Sampaio, no Ceará, foi preso Jeferson Alves Ferreira. Com o andamento das investigações, Jeferson revelou a participação de Pedro Eugênio Leite e Celso Luiz Grillo de Lucca, responsáveis, respectivamente, pelas agências de General Sampaio e Tejuçuoca, no esquema criminoso. Na decisão desta segunda (2), o juiz afirma que a prisão preventiva de Jeferson Alves também já havia sido decretada.
Confrontados sobre suas participações na liberação dos valores, os bancários afirmaram que teriam sido sequestrados e estavam agindo sob ameaça. De acordo com a Polícia Civil, os gerentes alegaram que foram coagidos, durante três dias, a realizarem a transação financeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário