De suicídio
a feminicídio
JAMILE E ALDEMIR
O advogado disse que não houve assassinato e ele não tinha interesse no
patrimônio da empresária, como relatou uma familiar de Jamile Oliveira.
As investigações mostram que, no fim noite do último dia 29 de agosto,
Jamile foi agredida pelo namorado no estacionamento do prédio. Logo depois, o
casal retornou ao apartamento e houve um disparo de arma de fogo que atingiu a
empresária.
Já no início da madrugada do dia 30, câmeras de segurança do prédio
registram que ela sai carregada pelo namorado e o filho. A vítima estava com um
hematoma no olho e uma mancha de sangue no peito.
Jamile foi deixada pelo namorado no Instituto Doutor José Frota (IJF),
no Centro de Fortaleza, e morreu às 7h do dia 31 de agosto. Apesar da gravidade
do caso, o homem não relatou aos familiares sobre o estado de saúde da empresária
e também não acionou a polícia.
O advogado chegou a retornar ao prédio, limpou o local e permaneceu no
apartamento. Enquanto a vítima estava no hospital, Aldemir Pessoa utilizou o
celular da vítima.
Reviravolta nas investigações - Em um primeiro momento, a morte estava
sendo investigada como suicídio. No momento em que a Polícia Civil tomou
conhecimento acerca do ocorrido, o advogado, também atirador esportivo, foi
chamado para depor. Em depoimento, Aldemir Pessoa disse que ele e o filho de
Jamile tentaram evitar o disparo.
O laudo cadavérico da empresária não condiz com o relato. Na última
sexta-feira (13), Aldemir foi apontado pelas autoridades como autor do
feminicídio e a arma que teria sido utilizada pela morte foi apreendida.
O advogado foi indicado pelo homicídio.
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