terça-feira, 17 de setembro de 2019

Morte de empresária tem reviravolta e namorado passa a ser apontado como suspeito de feminicídio

De suicídio a feminicídio

JAMILE E ALDEMIR

O caso que envolve a morte da empresária cearense Jamile de Oliveira Correia teve reviravolta no início deste mês de setembro, um dia após o sepultamento da mulher que completaria 47 anos nesta quarta-feira (18). Indícios levantados ainda no início da investigação fazem a Polícia Civil do Ceará ter o advogado Aldemir Pessoa Júnior como suspeito pelo crime ocorrido no dia29 de agosto, no apartamento da vítima, localizado no Bairro Meireles, em Fortaleza.
O advogado disse que não houve assassinato e ele não tinha interesse no patrimônio da empresária, como relatou uma familiar de Jamile Oliveira.
As investigações mostram que, no fim noite do último dia 29 de agosto, Jamile foi agredida pelo namorado no estacionamento do prédio. Logo depois, o casal retornou ao apartamento e houve um disparo de arma de fogo que atingiu a empresária.
Já no início da madrugada do dia 30, câmeras de segurança do prédio registram que ela sai carregada pelo namorado e o filho. A vítima estava com um hematoma no olho e uma mancha de sangue no peito.
Jamile foi deixada pelo namorado no Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, e morreu às 7h do dia 31 de agosto. Apesar da gravidade do caso, o homem não relatou aos familiares sobre o estado de saúde da empresária e também não acionou a polícia.
O advogado chegou a retornar ao prédio, limpou o local e permaneceu no apartamento. Enquanto a vítima estava no hospital, Aldemir Pessoa utilizou o celular da vítima.

Reviravolta nas investigações - Em um primeiro momento, a morte estava sendo investigada como suicídio. No momento em que a Polícia Civil tomou conhecimento acerca do ocorrido, o advogado, também atirador esportivo, foi chamado para depor. Em depoimento, Aldemir Pessoa disse que ele e o filho de Jamile tentaram evitar o disparo.
O laudo cadavérico da empresária não condiz com o relato. Na última sexta-feira (13), Aldemir foi apontado pelas autoridades como autor do feminicídio e a arma que teria sido utilizada pela morte foi apreendida.
O advogado foi indicado pelo homicídio.

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