A população de Quixeramobim e Boa Viagem no interior do Ceará, voltou a
enfrentar escassez e racionamento de água no segundo semestre deste ano. Os
moradores têm água a cada quatro dias, distribuída pelos Serviços Autônomos de
Água e Esgoto (SAAE).
A crise voltou a ocorrer depois de dois anos com abastecimento regular
por meio dos caminhões-pipa, serviço financiado pelas prefeituras.
Em Quixeramobim 35 mil moradores consomem água tratada e fornecida
pelos SAAE. O rodízio é feito nos cinco bairros da cidade. A água só chega às
torneiras de quatro em quatro dias. Os açudes locais secaram, e a alternativa
foi trazer água do açude Pedras Brancas, em Banabuiú (que também abastece a
sede urbana de Quixadá), por meio de uma Adutora de Montagem Rápida, distante
60 km.
A água transferida do açude Pedras Brancas não atende à demanda de
Quixeramobim e de Quixadá. Segundo técnicos do SAAE, o bombeamento não é suficiente
para essas cidades.
No município de Boa Viagem, pelo menos 15 mil famílias sofrem com a
escassez de água no sistema local de abastecimento. O quadro é considerado um
dos mais graves. O açude Vieirão permanece seco. O Governo implantou uma
adutora emergencial a partir do açude Umari, em Madalena, a 40km.
Os moradores acordam cedo e vão retirar água dos chafarizes. Outros
compram água de caminhões particulares.
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