Vítimas têm entre 3 e 15 anos de
idade - Um dos casos envolveu garoto de 9 anos que relatou ter sido estuprado
por professor em aulas de reforço
Alunos de 3 anos de idade a
adolescentes de 15 anos são as vítimas dos abusos que aconteceram duas vezes em
2017, uma em 2018 e seis em 2019
O Conselho Tutelar de Sobral, município referência em educação no país,
na zona norte do Ceará, recebeu, nos últimos três anos, nove denúncias
envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes dentro de unidades
escolares do município. Os abusos acometeram alunos de 3 anos de idade a
adolescentes de 15 anos e aconteceram duas vezes em 2017, uma em 2018 e seis em
2019.
Os casos envolvem desde crimes com violência física a assédios sexuais
através de mensagens, toques e tentativas de forçar contato físico. De acordo
com as denúncias, os suspeitos são um zelador de uma creche, sete professores e
uma professora. Segundo a Secretaria da Educação de Sobral, os funcionários
foram afastados. Parte das ocorrências já foi denunciada pelo Ministério
Público à Justiça e as demais são investigadas pela polícia. Até agora, ninguém
foi preso.
Dos seis casos denunciados em 2019, cinco aconteceram em escolas
públicas.
Os casos de assédio e violência
sexual aconteceram em escolas públicas e em uma particular
Casos arquivados ou parados - No ano passado, apenas um caso foi
registrado, envolvendo um suposto aliciamento sexual por parte do professor com
uma aluna de 13 anos.
A menina chegou a fazer exame de corpo de delito, que deu negativo. Por
falta de provas, o Ministério Público se manifestou pelo arquivamento do
processo.
Outro caso que está em via de arquivamento é de 2017 e aconteceu em uma
escola do Bairro Alto da Brasília, em Sobral, dessa vez envolvendo um menino
com transtornos mentais. A família denunciou um professor, mas também por falta
de provas, o processo não deve ter continuidade.
Crescimento dos crimes - O promotor da Infância e Juventude de
Sobral, Plínio Pereira, acredita que o salto de um caso, no ano passado, para
seis, este ano, está relacionado ao incentivo às denúncias.
Para ele, há um “fortalecimento da rede de proteção, maiores
informações das pessoas, das famílias, também dos próprios adolescentes”.
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