segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Escolas de Sobral registram seis casos de violência sexual só neste ano - Professores e funcionários são suspeitos

Vítimas têm entre 3 e 15 anos de idade - Um dos casos envolveu garoto de 9 anos que relatou ter sido estuprado por professor em aulas de reforço

Alunos de 3 anos de idade a adolescentes de 15 anos são as vítimas dos abusos que aconteceram duas vezes em 2017, uma em 2018 e seis em 2019   — Foto: Kilvia Muniz/SVM
Alunos de 3 anos de idade a adolescentes de 15 anos são as vítimas dos abusos que aconteceram duas vezes em 2017, uma em 2018 e seis em 2019

O Conselho Tutelar de Sobral, município referência em educação no país, na zona norte do Ceará, recebeu, nos últimos três anos, nove denúncias envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes dentro de unidades escolares do município. Os abusos acometeram alunos de 3 anos de idade a adolescentes de 15 anos e aconteceram duas vezes em 2017, uma em 2018 e seis em 2019.
Os casos envolvem desde crimes com violência física a assédios sexuais através de mensagens, toques e tentativas de forçar contato físico. De acordo com as denúncias, os suspeitos são um zelador de uma creche, sete professores e uma professora. Segundo a Secretaria da Educação de Sobral, os funcionários foram afastados. Parte das ocorrências já foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça e as demais são investigadas pela polícia. Até agora, ninguém foi preso.
Dos seis casos denunciados em 2019, cinco aconteceram em escolas públicas.

 Os casos de assédio e violência sexual aconteceram em escolas públicas e em uma particular — Foto: Kilvia Muniz/SVM
Os casos de assédio e violência sexual aconteceram em escolas públicas e em uma particular

Casos arquivados ou parados - No ano passado, apenas um caso foi registrado, envolvendo um suposto aliciamento sexual por parte do professor com uma aluna de 13 anos.
A menina chegou a fazer exame de corpo de delito, que deu negativo. Por falta de provas, o Ministério Público se manifestou pelo arquivamento do processo.
Outro caso que está em via de arquivamento é de 2017 e aconteceu em uma escola do Bairro Alto da Brasília, em Sobral, dessa vez envolvendo um menino com transtornos mentais. A família denunciou um professor, mas também por falta de provas, o processo não deve ter continuidade.

Crescimento dos crimes - O promotor da Infância e Juventude de Sobral, Plínio Pereira, acredita que o salto de um caso, no ano passado, para seis, este ano, está relacionado ao incentivo às denúncias.
Para ele, há um “fortalecimento da rede de proteção, maiores informações das pessoas, das famílias, também dos próprios adolescentes”.

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