Criminosos cearenses eram temidos
em Quixadá, onde tinham até apoio de políticos
Dois bandidos cearenses, irmãos, envolvidos em assaltos a bancos,
ataques a carros-fortes e outros crimes em vários estados, morreram, na última sexta-feira
(1º), em confronto com a Polícia no
interior de Tocantins. Eles eram membros de um clã de criminosos conhecido como
“Irmãos Pipocas”, da cidade de Quixadá.
Os corpos de Elineudo Oliveira Silva, o “Neudo Pipoca”, 43 anos; e seu irmão Elineuton
Oliveira Silva, 41, foram encontrados em um matagal após uma intensa troca de tiros com a PM. Um
militar também morreu no tiroteio.
De acordo com as autoridades da Segurança Pública de Tocantins, o
confronto entre bandidos e policiais ocorreu na madrugada de sexta-feira (1º),
na Região do Pequizeiro. O militar morto era o sargento Deusdete Américo Gama,
de 53 anos.
O tiroteio aconteceu quando a PM
caçava a quadrilha suspeita de explodir um posto de atendimento bancário na
região de Pequizeiro, na última quinta-feira (31), e tentar atacar um
carro-forte. Em dois dias, confrontos entre a PM e a quadrilha naquela região
deixaram cinco mortos, sendo o sargento Gama e quatro ladrões, entre eles, os
irmãos “Pipocas”. O policial militar chegou a ser socorrido, mas morreu a
caminho do hospital da cidade de Araguacema.
Quem são os “Pipocas” - Os
irmãos “Pipocas” são bastante conhecidos na região entre Quixadá e Morada Nova.
Temidos nas duas cidades, são envolvidos em diversos crimes como assaltos a
bancos e carros-fortes no Ceará e em diversos estados brasileiros,
principalmente do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com o dinheiro oriundo dos
roubos a bancos e carros-fortes, além de seqüestros, os “Pipocas” se tornaram
ricos e possuem vários imóveis, fazendas, motéis e postos de combustíveis no
interior do Ceará.
Da vida de crimes, os “Pipocas” também enveredaram pelo caminho da
política no Ceará, elegendo amigos e se tornando fortes (e temidos) na região
de Quixadá, onde recebem também apoio de um deputado estadual sempre visto com
eles.
Apontado como chefe da “Quadrilha dos Pipoca“, “Elineudo Pipoca” e outros quatro integrantes
do bando tiveram habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
em decisão homologada, no dia 8 de março de 2017 e publicada no Diário da
Justiça do dia 14. O grupo foi preso em janeiro de 2015, suspeito de atacar um
comboio composto de três carros-fortes no município de Russas (CE). Além desta
acusação, os “Pipoca’ teriam atuado contra instituições financeiras também nos
Estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará e Mato Grosso.
Os outros integrantes da quadrilha identificados pela Polícia são
Raimundo Nonato Rodrigues da Silva, o “Raimundo da Vertente”, 34 anos; Paulo
Sérgio de Oliveira, 33; Ângelo Márcio Rodrigues, 38, e Antônio Ricardo Germano
de Lima, o “Ricardo da Vila Rica”,31.
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