domingo, 3 de novembro de 2019

FIM DA LINHA - “Irmãos Pipocas” morrem em confronto com a Polícia em Tocantins após assaltos

Criminosos cearenses eram temidos em Quixadá, onde tinham até apoio de políticos

Dois bandidos cearenses, irmãos, envolvidos em assaltos a bancos, ataques a carros-fortes e outros crimes em vários estados, morreram, na última sexta-feira (1º),  em confronto com a Polícia no interior de Tocantins. Eles eram membros de um clã de criminosos conhecido como “Irmãos Pipocas”, da cidade de Quixadá.
Os corpos de Elineudo Oliveira Silva, o “Neudo  Pipoca”, 43 anos; e seu irmão Elineuton Oliveira Silva, 41, foram encontrados em um matagal  após uma intensa troca de tiros com a PM. Um militar também morreu no tiroteio.
De acordo com as autoridades da Segurança Pública de Tocantins, o confronto entre bandidos e policiais ocorreu na madrugada de sexta-feira (1º), na Região do Pequizeiro. O militar morto era o sargento Deusdete Américo Gama, de 53 anos.
 O tiroteio aconteceu quando a PM caçava a quadrilha suspeita de explodir um posto de atendimento bancário na região de Pequizeiro, na última quinta-feira (31), e tentar atacar um carro-forte. Em dois dias, confrontos entre a PM e a quadrilha naquela região deixaram cinco mortos, sendo o sargento Gama e quatro ladrões, entre eles, os irmãos “Pipocas”. O policial militar chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital da cidade de Araguacema.

Quem são os “Pipocas” -  Os irmãos “Pipocas” são bastante conhecidos na região entre Quixadá e Morada Nova. Temidos nas duas cidades, são envolvidos em diversos crimes como assaltos a bancos e carros-fortes no Ceará e em diversos estados brasileiros, principalmente do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com o dinheiro oriundo dos roubos a bancos e carros-fortes, além de seqüestros, os “Pipocas” se tornaram ricos e possuem vários imóveis, fazendas, motéis e postos de combustíveis no interior do Ceará.
Da vida de crimes, os “Pipocas” também enveredaram pelo caminho da política no Ceará, elegendo amigos e se tornando fortes (e temidos) na região de Quixadá, onde recebem também apoio de um deputado estadual sempre visto com eles.
Apontado como chefe da “Quadrilha dos Pipoca“,  “Elineudo Pipoca” e outros quatro integrantes do bando tiveram habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão homologada, no dia 8 de março de 2017 e publicada no Diário da Justiça do dia 14. O grupo foi preso em janeiro de 2015, suspeito de atacar um comboio composto de três carros-fortes no município de Russas (CE). Além desta acusação, os “Pipoca’ teriam atuado contra instituições financeiras também nos Estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará e Mato Grosso.
Os outros integrantes da quadrilha identificados pela Polícia são Raimundo Nonato Rodrigues da Silva, o “Raimundo da Vertente”, 34 anos; Paulo Sérgio de Oliveira, 33; Ângelo Márcio Rodrigues, 38, e Antônio Ricardo Germano de Lima, o “Ricardo da Vila Rica”,31.

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