Delegado alega risco à vida do
preso e fragilidades no sistema penitenciário cearense caso ‘Andrezinho da
Baixada’ seja mandado para alguma unidade do Estado
André Luís da Costa Lopes é
acusado de matar dois chefes de facção criminosa
André Luís da Costa Lopes, de 41 anos, conhecido como 'Andrezinho da
Baixada', pode ser enviado a um presídio federal de Segurança Máxima. O pedido
foi feito pela Superintendência da Polícia Federal no Ceará ao Poder Judiciário
do Ceará, no último dia 1º de novembro, um dia após a prisão de André em um
condomínio de luxo na Praia Grande, no litoral de São Paulo.
'Andrezinho da Baixada' é acusado de participar diretamente dos
assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue', e Fabiano Alves
de Souza, o 'Paca', em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, em
fevereiro do ano passado. Os dois eram considerados líderes de uma organização
criminosa.
André já tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara
Criminal da Comarca de Aquiraz, após investigação da Polícia Civil cearense,
que apontou sua autoria junto a outros criminosos também denunciados pelos dois
homicídios.
A Polícia Federal indica que o investigado “faria parte da ‘alta
hierarquia’/cúpula da facção” e, por isso, “seria imprescindível” sua inclusão
em presídio federal de Segurança Máxima, considerando “o risco contra sua
vida”, “a grave fragilidade do Sistema Penitenciário Estadual” e a
impossibilidade de mantê-lo nas penitenciárias cearenses “sem pôr em risco a
ordem e a Segurança Pública”.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) declarou que
prefere não comentar esse tipo de transferência “por questões estratégicas de
segurança”.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE),
'Andrezinho da Baixada' era um dos homens presentes no local do crime, em um
helicóptero da organização criminosa, e que executaram a dupla a tiros, em uma
aldeia indígena. Ele foi acusado por homicídio qualificado e organização
criminosa.
Liberação - Há um ano, André se apresentou
espontaneamente no 2º Distrito Policial do Guarujá e prestou depoimento negando
participação nos assassinatos de Gegê e Paca. Mas, como era véspera de
eleições, ninguém podia ser preso, exceto em situação de flagrante ou
condenação pela Justiça.
Após o depoimento, ‘Andrezinho’ desapareceu. No entanto, no fim de
outubro, os agentes montaram guarda em conseguiram prendê-lo quando ele entrava
no prédio de luxo. Ele não reagiu e também não estava armado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário