
O açude Orós, o segundo maior reservatório do Ceará, está com 5,4% da
capacidade. O reservatório desde terça-feira passada passou a liberar mais água
pela válvula dispersora, passando de 2,4 metros cúbicos por segundo para 4,4
metros cúbicos por segundo.
O aumento da vazão é para atender a demanda do Baixo Jaguaribe,
principalmente a cidade de Jaguaretama, mas a medida traz preocupação e insatisfação
da população local.
Os moradores e membros do Comitê da Bacia do Alto Jaguaribe não são
contra a liberação de água para atender a demanda da população do Vale
Jaguaribano, mas eles cobram uma fiscalização mais eficaz contra o desvio e
furto dessa água ao longo do trecho.
O baixo nível hídrico do reservatório prejudica além da atividade
pesqueira, agropecuária, comércio e o turismo local que dependem do manancial.
Nas pousadas, ilhas, restaurantes e balneários às margens do açude apresentam
baixa movimentação de pessoas.
As águas do Orós chegam ao Vale Jaguaribano pelo rio Jaguaribe, após
ser liberada pela válvula dispersora. De acordo com a gerência regional da
Cogerh, o aumento de liberação de água vai permanecer por pelo menos dez dias.
A população local também já não recebe água nas casas com a mesma
qualidade e dezenas de localidades ribeirinhas já sofrem a redução de água no
Orós.
O Orós reabastece também o açude Lima Campos e a cidade de Icó, mas o
bombeamento de água está paralisado.
A estimativa da Cogerh é que o Orós tenha volume de 4% até janeiro. Em
relação à fiscalização da água liberada pelo manancial, a Cogerh disse que tem
intensificado as operações de fiscalização ao longo do curso do rio Jaguaribe.
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