A prisão do advogado aconteceu na
CPPL 3, no Complexo Penal de Itaitinga

Artur Frota Monteiro Júnior, 36,
foi encaminhado à Delegacia de Itaitinga
Policiais penais da Força de Intervenção Penitenciária (FIP) e da
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) prenderam em flagrante, na
tarde desta quarta-feira (22), mais um advogado que estariam servindo de
“pombo-correio” entre bandidos em liberdade e líderes de facções criminosas que
se encontram presos.
A prisão de Artur Frota Monteiro Júnior, 36, anos, aconteceu na Casa de
Privação Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPL 3, em Itaitinga,
na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Em nota à Imprensa distribuída no fim da tarde, a SAP informou que, “os
servidores notaram uma troca de documentos ilegais entre um interno
e seu advogado. Os agentes abordaram o advogado Artur Frota Monteiro Júnior e
encontraram bilhetes que demonstravam informações e comandos para membros do crime organizado que
estão fora dos presídios”.
O advogado foi conduzido à Delegacia Metropolitana de Polícia Civil de
Itaitinga (DMI), onde foi ouvido e autuado em flagrante delito.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Ceará (OAB-CE), também
emitiu nota à Imprensa sobre o caso, informando que: “Através da Diretoria de
Prerrogativas e do Centro de Apoio ao Advogado, a OAB-CE está apurando todos os
fatos e acompanhando o caso para garantir a legalidade da prisão e também que o
acusado tenha assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório. Informamos que, em caso de infração ao Código
de Ética, a OAB tem o dever de abrir um processo disciplinar no Tribunal de
Ética e Disciplina (TED).”
Quadrilha - No ano passado, investigações realizadas
pelo Ministério Público do Estado do Ceará, através do seu Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resultaram na prisão de nove
advogados cearenses que, segundo o MP, teriam formado uma quadrilha para
praticar atos ilegais em favor de seus clientes, presos no Sistema
Penitenciário. Estes seriam integrantes de facções criminosas.
O advogado Alaor Patrício Júnior foi preso quando também trocava
bilhetes com detentos de uma das unidades do Sistema Penitenciário. Ele foi
solto e está suspenso de suas atividades profissionais pelo prazo de um ano.
Já a advogada Elisângela Maria Mororó permanece na prisão. É acusada de
envolvimento com o crime organizado e foi flagrada, na interceptação
telefônica, negociando a venda de drogas com traficantes presos.
Os cinco advogados que estiveram na mira das investigações do
Ministério Público Estadual (MPCE) e da Polícia Civil são: Alberto Lucas
Nogueira Lima, Alaor Patrício Júnior, Rafael Paulino Pinto Neto e Elisângela
Maria Mororó, além de Lucas Arruda Rolim.
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