quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Cabeleireiro morre após abordagem policial - Vizinhos protestam

Polícia afirma que homem passou mal durante abordagem, recebeu primeiros socorros de policiais e foi levado a hospital após desmaiar

Cabeleireiro morreu após abordagem policial no Bairro Barroso, em Fortaleza — Foto: Arquivo pessoal
Cabeleireiro morreu após abordagem policial

Moradores do Bairro Barroso, em Fortaleza, realizaram um protesto durante o velório do cabeleireiro Aldicélio da Silva Frazão, de 31 anos, nesta quinta-feira (2). Os vizinhos denunciam que o jovem morreu em decorrência de um caso de violência policial. A Polícia Militar afirma que o homem passou mal, recebeu primeiros socorros e levado a uma unidade de saúde após desmaiar.
Um grupo de 100 manifestantes queimou madeiras e fechou as ruas Amâncio Pereira e Emiliano de Almeida Braga. A Polícia Militar interveio com balas de borracha e spray de pimenta e dispersou o protesto, no início da noite desta quinta (2). O Corpo de Bombeiros apagou o fogo.
Aldicélio Frazão morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro José Walter, em Fortaleza, na quarta-feira (1º). Ele estava internado desde 28 de dezembro, sob escolta policial.
A família do cabeleireiro afirmou que ele foi "espancado e torturado" por policiais militares, que estiveram no local onde o cabeleireiro morava e trabalhava.
Moradores denunciam suposto caso de violência policial e protesta após morte de cabeleireiro — Foto: Arquivo pessoal 
Moradores denunciam suposto caso de violência policial e protesta após morte de cabeleireiro

Homem 'passou mal', diz polícia - A Polícia Militar informou, em nota, que policiais do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) foram averiguar uma denúncia e, na residência de Aldicélio Frazão, apreenderam um revólver e munição, além de 55 gramas de maconha e 48 gramas de cocaína.

Investigações do caso - Na nota, a Polícia Militar afirmou que, diante da denúncia, "o Comando de Policiamento de Choque - CPChoque apurará todas as circunstâncias da mencionada ocorrência policial".
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD) informou, por meio de nota, "que determinou averiguação dos fatos narrados e, caso seja identificada transgressão disciplinar, instaurará investigação preliminar de imediato para a devida apuração na seara administrativa. As investigações possuem caráter sigiloso".

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