A mulher foi condenada a 13 anos
de reclusão em regime inicialmente fechado - A defesa da advogada afirma que a
condenação foi um equívoco
Advogado Antônio Jorge Barros de
Lima foi encontrado morto no dia 31 maio de 2010
O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do
Ceará (TJCE) considerou culpada a empresária Francisca Elieuda Lima Uchoa pela
morte do advogado Antônio Jorge Barros de Lima. A mulher foi condenada a 13
anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. A sentença foi proferida no
último dia 12 deste mês de fevereiro.
O advogado foi assassinado no dia 31 de maio de 2010, na Grande
Fortaleza. O corpo foi encontrado dentro do veículo da vítima. Uma década após
o fato, para as autoridades, a motivação do crime ainda não está esclarecida.
Durante a década desde o ocorrido até a condenação, a empresária foi a única ré
do processo.
Nos autos consta que o Ministério Público do Ceará (MPCE) sustentou a
tese de homicídio qualificado, que foi acatada pela maioria dos jurados. A
defesa da empresária defendeu a negativa da autoria do crime. A condenação foi
um equívoco. “Recorremos da decisão no próprio Tribunal especialmente porque
existiam duas linhas de investigação e uma exclui a participação dela no crime.
Entendemos que houve erro no julgamento. Vamos lutar até a última instância
para revogar a decisão e buscar um novo júri”.
Corpo de Antônio Jorge foi
encontrado alvejado dentro da caçamba de uma picape
Reconhecida - A empresária foi reconhecida por
testemunhas como a mulher que chegou ao escritório da vítima, localizado no
Eusébio, e saiu com ele por volta das 11h. O corpo de Antônio Jorge foi
encontrado por policiais militares, com três tiros: dois na cabeça e um no
peito.
Conforme depoimento incluso nos autos da Polícia Federal, uma
testemunha disse que, antes de ser morto, o advogado teria confidenciado que
estava com um caso muito complicado de um sobrinho de um policial que era muito
perigoso. A pessoa de alta periculosidade indicada no documento era Jean
Charles Libório, ex-policial militar e ex-companheiro da empresária.
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