FACAS FORAM PERICIADAS

FACAS FORAM PERICIADAS
Um depoimento na Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) nesta
quinta-feira (13), Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, narrou detalhes de
como executou a facadas a própria filha. Segundo a jovem, o crime ocorreu na
cozinha do apartamento, de apenas três cômodos. O imóvel fica localizado na
Chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
Ela contou ter acordado por volta de 5h30 da manhã. Depois, colocou
sobre a pia um colchão de berço e levou a filha até a bancada. “Tentou,
primeiro, dar uma facada, mas não deu certo. A bebê começou a chorar. Foi aí
que ela tentou sufocar com a mão, fechou os olhos e acertou outras duas vezes”.
O primeiro golpe acertou a pequena Júlia Félix de Moraes, de apenas 2
anos, próximo ao pescoço, mas não chegou a perfurar a pele da menina, pois
Laryssa teria usado pouca força. No entanto, na sequência, ela apunhalou a
garota mais duas vezes e, dessa vez, a lâmina penetrou o tórax. Segundo as
investigações, a barbárie foi praticada com uma faca de pesca, de ponta
triangular.
Após tirar a vida da criança, Laryssa foi ao quarto onde o
ex-companheiro e pai de Júlia dormia e tentou acertá-lo. Giuvan Félix teria
acordado assustado e, na tentativa de desarmar a mulher, acabou se ferindo no
rosto. Após tomar a faca de Laryssa, ele se deparou com a filha ensanguentada e
acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Sem motivo - Mesmo contando todos os detalhes do
assassinato, a mulher não apresentou um motivo. Os investigadores suspeitam que
ela não aceitava o fato de os avós maternos e paternos terem procurado a
Justiça para tentar tirar a guarda da menina. Laryssa foi indiciada por
homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por impossibilitar a
defesa da vítima. Ela ainda responderá pelo crime de lesão corporal praticada
contra Giuvan.
Laryssa foi submetida a exame toxicológico. A polícia quer saber se ela
estava sob efeito de drogas no momento do crime. Como Giuvan afirma não ter
ouvido nenhum grito do bebê, a hipótese levantada pela polícia é que ele possa
ter sido dopado.
Briga pela guarda - Giuvan e Laryssa estavam morando juntos
desde janeiro, quando a mulher foi expulsa de casa pela mãe. Como não tinha
onde ficar, ela pediu para ficar na casa dele por um tempo.
Como a acusada não tratava bem a criança, Giuvan brigava pela guarda.
Ao buscar informações na Defensoria Pública, no entanto, ele foi orientado a pedir
que Laryssa saísse de casa.
Foi aí que, na última semana, foi dado o ultimato para que ela deixasse
o imóvel, manobra apoiada, inclusive, pela avó materna da criança. Apesar dos
sucessivos pedidos de Giuvan, ela sempre adiava a saída do imóvel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário