sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Mãe diz que matou filha na pia da cozinha com três facadas de peixeira

FACAS FORAM PERICIADAS

FACAS FORAM PERICIADAS

Um depoimento na Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) nesta quinta-feira (13), Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, narrou detalhes de como executou a facadas a própria filha. Segundo a jovem, o crime ocorreu na cozinha do apartamento, de apenas três cômodos. O imóvel fica localizado na Chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
Ela contou ter acordado por volta de 5h30 da manhã. Depois, colocou sobre a pia um colchão de berço e levou a filha até a bancada. “Tentou, primeiro, dar uma facada, mas não deu certo. A bebê começou a chorar. Foi aí que ela tentou sufocar com a mão, fechou os olhos e acertou outras duas vezes”.
O primeiro golpe acertou a pequena Júlia Félix de Moraes, de apenas 2 anos, próximo ao pescoço, mas não chegou a perfurar a pele da menina, pois Laryssa teria usado pouca força. No entanto, na sequência, ela apunhalou a garota mais duas vezes e, dessa vez, a lâmina penetrou o tórax. Segundo as investigações, a barbárie foi praticada com uma faca de pesca, de ponta triangular.
Após tirar a vida da criança, Laryssa foi ao quarto onde o ex-companheiro e pai de Júlia dormia e tentou acertá-lo. Giuvan Félix teria acordado assustado e, na tentativa de desarmar a mulher, acabou se ferindo no rosto. Após tomar a faca de Laryssa, ele se deparou com a filha ensanguentada e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Sem motivo - Mesmo contando todos os detalhes do assassinato, a mulher não apresentou um motivo. Os investigadores suspeitam que ela não aceitava o fato de os avós maternos e paternos terem procurado a Justiça para tentar tirar a guarda da menina. Laryssa foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima. Ela ainda responderá pelo crime de lesão corporal praticada contra Giuvan.
Laryssa foi submetida a exame toxicológico. A polícia quer saber se ela estava sob efeito de drogas no momento do crime. Como Giuvan afirma não ter ouvido nenhum grito do bebê, a hipótese levantada pela polícia é que ele possa ter sido dopado.

Briga pela guarda - Giuvan e Laryssa estavam morando juntos desde janeiro, quando a mulher foi expulsa de casa pela mãe. Como não tinha onde ficar, ela pediu para ficar na casa dele por um tempo.
Como a acusada não tratava bem a criança, Giuvan brigava pela guarda. Ao buscar informações na Defensoria Pública, no entanto, ele foi orientado a pedir que Laryssa saísse de casa.
Foi aí que, na última semana, foi dado o ultimato para que ela deixasse o imóvel, manobra apoiada, inclusive, pela avó materna da criança. Apesar dos sucessivos pedidos de Giuvan, ela sempre adiava a saída do imóvel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário