terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Motim de policiais em 2020 no Ceará tem 18% mais assassinatos do que paralisação de 2012

Durante o motim dos policiais militares no Ceará de 2020, houve 18,5% mais assassinatos no estado do que na paralisação de PMs de 2012. Foram 147 neste ano contra 124 oito anos atrás, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).
O motim entrou nesta terça-feira (25), no oitavo dia. Três batalhões da PM continuam fechados no estado. O movimento de 2012 durou sete dias, um a menos, e se deu entre 29 de dezembro de 2011 e 4 de janeiro de 2012.
Os 147 homicídios neste ano ocorreram em cinco dias, de meia-noite de quarta-feira (19) às 23h59 de domingo (23). Os 124, de 0h de 29 de dezembro de 2011 até as 23h59 de 4 de janeiro de 2012.
As duas manifestações foram consideradas ilegais pela Justiça do Ceará, são proibidas pela Constituição Federal e reforçada pelo Supremo Tribunal Federal, em entendimento de 2017. Ainda assim, policiais cruzaram os braços e deixaram de cumprir as atividades de segurança pública.
O então governador do Ceará, Cid Gomes, prometeu naquele ano anistia aos militares que atuavam na paralisação. A anistia foi cumprida, mas Cid fez a transferência de vários policiais para cidades distantes do interior do Ceará, o que foi considerado como punição por parte da categoria.
"Desde então as relações entre policiais e o Governo do Estado sempre foram tensas e agora [Camilo Santana, governador do Ceará] lida com uma categoria que quer conseguir as reivindicações na marra".

Nenhum comentário:

Postar um comentário