Tramita na 25ª Vara Federal de Iguatu, Ação Criminal instaurada contra
as pessoas do prefeito Luiz Claudenilton Pinheiro e do filho da ex-prefeita
Rizoleta Moreira, Francisco Maicon Gekson Moreira, servidor municipal, com o
objetivo de investigar a prática de apropriação de recursos públicos repassados
à Associação Comunitária do Sítio Jatobá, no município de Deputado Irapuan
Pinheiro, no valor de R$ 251.928,48 (duzentos e cinquenta e um mil, novecentos
e vinte e oito reais e quarenta e oito centavos), os quais foram repassados
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome - MDS, destinados
à execução do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA/CPR - Doação Simultânea,
no período compreendido entre agosto de 2009 e março de 2010.
Os alimentos adquiridos pelo programa seriam destinados à merenda
escolar dos alunos da rede pública de ensino do município de Deputado Irapuan
Pinheiro. Valor: R$ 251.928,48 (duzentos e cinquenta e um mil, novecentos e
vinte e oito reais e quarenta e oito centavos).
Com isso, o programa visava beneficiar 72 produtores rurais que venderiam
seus produtos e mais 2.365 alunos, consumidores.
A denúncia do Ministério Público Federal tem por base os elementos
produzidos no Inquérito elaborado pela Policial Federal de Juazeiro do Norte, o
qual imputa a autoria dos crimes de FALSIDADE IDEOLÓGICA E APROPRIAÇÃO DE
RECURSOS PÚBLICOS, a Francisco Maicon Gekson Moreira, filho da ex-prefeita
Rizoleta Moreira e a Luiz Claudenilton Pinheiro (que na época era prefeito e
hoje está prefeito novamente).
De acordo com o Ministério Público Federal, a Associação Comunitária do
Sítio Jatobá foi utilizada como verdadeiro “fantoche”, e TODAS AS TESTEMUNHAS
DO PROCESSO (DIRETORES DAS ESCOLAS) DISSERAM À POLÍCIA FEDERAL, que receberam
alimentos em quantidade menor do que a que constava nas notas de entrega de alimentos
que eles assinavam e que o Diretor Francisco Edivan de Sousa afirmou que NUNCA
chegou a receber os alimentos constantes da relação que lhe foi apresentada
pelo delegado da Polícia Federal.
Ainda segundo o Ministério Público Federal, Francisco Santiago da Silva
afirmou que a Associação de Jatobá “apenas emprestou o nome” e que foi o
servidor municipal Maicon que conduziu todo o processo de cadastramento de
produtores, compra e pagamento dos alimentos, seguindo as ordens do Prefeito
Claudenilton.
A fiscalização do programa feita pela CONAB detectou além do desvio de
dinheiro público, a existência de falsidade de assinaturas nas notas de compras
e de pagamento realizadas no programa.
De acordo com o que consta da Denúncia, para a concretização da fraude
e do desvio do dinheiro público, o Prefeito Claudenilton, em conluio com o
servidor Maicon, utilizou indevidamente nomes de pessoas para justificar a
fraude. Nesse sentido, consta da lista de fornecedores de alimentos ao programa
o nome de Manoel Aluizio Maciel, que teria vendido 6.000 molhos de cheiro
verde; Luiz Carlos de Oliveira, que teria fornecido 240 kg de doce de leite; Francisco
Irvando Moreira, o qual teria vendido 1.500 kg de feijão e Maria Suelha do
Nascimento, que teria vendido 750 kg de nata.
Ouvidas pela Polícia Federal, todas essas pessoas afirmaram que NUNCA
venderam nenhum produto para a prefeitura nem faziam parte de qualquer programa
de venda de gêneros alimentícios.
O processo aguarda julgamento pelo juiz da 25º Vara da Justiça Federal
de Iguatu.
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