Agentes foram presos pelos crimes
militares de deserção e participação em motim - Paralisação da polícia no Ceará
chegou ao oitavo dia com batalhões fechados e aumento da violência
Carros das forças de segurança do
Ceará continuam com pneus furados ao redor do 18º Batalhão da Polícia Militar
Subiu para 47 o número de policiais militares presos desde o início do
motim de parte da Polícia Militar que acontece no Ceará desde o dia 18 de
fevereiro. Desse total, 43 agentes foram presos por deserção, que é o abandono
do serviço militar; 3 presos por participar em motim; e 1 PM preso por queimar
um carro particular.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, dos 43 presos por
abandonar o serviço, 38 se apresentaram espontaneamente no quarte da PM. Cinco
policiais foram presos após serem identificados e levados para a unidade
militar.
Além disso, um PM foi detido por incendiar o veículo de uma moradora do
Crato que criticou a paralisação. Ele passou por uma audiência de custódia e
foi liberado para responder ao crime em liberdade.
Outros cinco PMs se apresentaram no quartel, justificaram suas
ausências no trabalho e foram liberados em seguida.
Na segunda-feira, um subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará
foi preso após desacatar policiais civis que realizavam um patrulhamento
extraordinário em Juazeiro do Norte. O bombeiro foi detido e conduzido à sede
da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, onde foi autuado em flagrante por
crime contra a administração pública.
A Polícia Militar do Ceará informou que os policiais militares presos
estão isolados e sem contato com presos comuns do sistema penitenciário do
Estado. A medida segue as regras do Código de Processo Penal.
O motim e movimentos grevistas são proibidos para policiais, conforme a
Constituição Federal. Um entendimento de 2017 do Supremo Tribunal Federal
reforçou a proibição desses atos por parte de categorias militares.
Ceará entra no 8º dia da paralisação da PM.
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