A guerra de facções migrou de
Fortaleza para cidades da Região Metropolitana
Cidades como Caucaia registraram
um aumentou vertiginoso dos índices de homicídios por conta da guerra entre
facções criminosas
O Ceará sofreu a primeira derrota na Segurança Pública em 2020. No mês
de janeiro, nada menos que 261 pessoas foram assassinadas no estado o que
representa uma alta de 35,9 por cento nos Crimes Violentos, Letais e
Intencionais (CVLIs) em comparação a janeiro de 2019, quando 192 pessoas foram
mortas. Somente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) foram registrados
100 homicídios e latrocínios, enquanto no passado esse número ficou em 57, um
aumento de 75,4 por cento.
Entre os dias 1º e 31 de janeiro, 67 pessoas foram mortas nas ruas de
Fortaleza, 100 na Região Metropolitana, 55 em Municípios do Interior Sul e mais
39 no Interior Norte. Nesta última região foi registrada a única queda de
índices criminais em comparação a janeiro de 2019, uma redução de 18,7 por
cento (de 48 para 39 crimes).
Além de Fortaleza, com 67 assassinatos, o Município de Caucaia foi o
principal motivador da alta nos índices dos Crimes Violentos, Letais e
Intencionais (CVLIs) em janeiro de 2020. Em 31 dias, 34 pessoas foram mortas
ali.
Uma guerra - Grande parte desses crimes em Caucaia
deveu-se a “guerra” travada diariamente entre as facções criminosas na disputa
pelo domínio de território para a venda de drogas e outros crimes como roubos e
assassinatos (eliminação de membros da facção rival).
Com a migração do crime da Capital para as cidades do cinturão
metropolitano, Municípios como Cascavel, Maranguape e Pacajus voltaram também a
registrar uma sequência de mortes violentas. Tais cidades vinham apresentando
números baixíssimos de CVLIs, mas a situação sofreu alterações em janeiro deste
ano em comparação a igual período de 2019.
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