Francisco concedeu a benção
"Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), que só é transmitida em 25 de
dezembro e no domingo de Páscoa
O Papa Francisco rezou sozinho, nesta sexta-feira (27), diante da praça
São Pedro completamente vazia, e deu a benção e a indulgência plenária ao mundo
pela pandemia de coronavírus que já matou mais de 20 mil pessoas em todo o
mundo.
O ato é inédito na história do Vaticano.
Na celebração, debaixo de chuva e com temperatura em torno dos 13ºC, o
papa concedeu a benção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), que só é
transmitida em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, quando a igreja católica
lembra o nascimento e a morte de Jesus.
Em sua oração, o pontífice criticou a avidez pelo lucro e a falta de
amor ao próximo, em um mundo de guerras e injustiças.
“Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis
num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te:
'Acorda, Senhor!'”, rezou.
Crucifixo Milagroso - Francisco rezou diante da imagem do Cristo
Milagroso, que foi retirada de seu altar na igreja romana de São Marcelo e
transportada à Praça de São Pedro para que pudesse estar presente durante a
benção.
A imagem é venerada desde 1519, quando a Igreja de São Marcelo Al Corso
foi destruída por um incêndio, restando apenas um crucifixo.
Três anos depois, Roma foi devastada pela “peste negra”. Desesperados,
os fiéis pediram que o Cristo Milagroso fosse levado em procissão do Convento
dos Servos de Maria, na Via del Corso, até a Praça de São Pedro, parando em
todos os bairros romanos.
Após 16 dias de procissão, o crucifixo foi devolvido à São Marcelo, e a
peste desapareceu completamente.
Desde então, a cada 50 anos o Cristo Milagroso é levado para São Pedro
para a procissão.
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