Agrupación Especializada recebe
apenas presos de maior relevância, incluindo políticos
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Presos na noite desta sexta-feira no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e seu
irmão, Roberto de Assis, passaram a noite na Agrupación Especializada da
Polícia Nacional, uma instalação que recebe apenas casos de maior relevância.
Um dos presos mais conhecidos do local foi o traficante brasileiro Marcelo
Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, um dos chefes do Comando
Vermelho, que passou cerca de 11 meses detido lá, até ser enviado de volta para
o Brasil, em novembro de 2018.
Como a cadeia para onde foram levados tem caráter especial, Ronaldinho
e Assis não precisaram dividir cela com presos comuns.
A Justiça paraguaia decidirá neste sábado se revoga o pedido de prisão
preventiva ou se os dois brasileiros permanecerão detidos no país.
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Ronaldinho Gaúcho prestou
depoimento no Palácio de Justiça de Assunção nesta sexta-feira
Ronaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento nesta sexta-feira. A
audiência com o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de
Assunção, durou cerca de seis horas. Depois de ouvi-los, o magistrado disse que
não aceitou a tese do Ministério Público do Paraguai, que considerava os dois
brasileiros livres de processo por terem colaborado com a investigação.
Valinotti decidiu dar dez dias de prazo para o MP investigar o caso e dar seu
parecer definitivo.
Apesar da decisão de Valinotti, Ronaldinho e Assis não tinham, naquele
momento, impedimento legal para deixar o Paraguai, e planejavam voltar para o
Brasil na madrugada deste sábado. No entanto, após o pedido do juiz Valinotti,
o MP paraguaio decidiu solicitar a detenção dos dois irmãos, para impedi-los de
deixar o país.
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Documento emitido pelo Ministério
Público do Paraguai que determina detenção de Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho e Assis tiveram os documentos retidos na quinta-feira, um
dia depois da chegada ao Paraguai para participar de eventos promocionais. De
acordo com o Ministério Público paraguaio, o uso de documentos públicos com
conteúdo falso pode levar a uma pena de cinco anos ou multa. No entanto, o MP
entendeu que Ronaldinho e Assis deram vários dados relevantes à investigação,
quando ele e Assis admitiram o erro pelo uso dos documentos.
O MP considerou que ambos "foram enganados em sua boa fé". A
promotoria decidiu usar o “critério de oportunidade”, recurso no Código Penal
paraguaio que deixaria livre de processo Ronaldinho e seu irmão. Ele é usado
quando os suspeitos admitem o delito e não têm antecedentes criminais no país.
A audiência desta sexta poderia ter resultado em uma pena de reparação social.
A sugestão, no entanto, não foi aceita pelo juiz Mirko Valinotti.
Entenda o caso - Ronaldinho e Assis chegaram na manhã de
quarta-feira em Assunção para participarem de evento da ONG Fundação
Fraternidade Angelical. Ambos também foram ao país a convite do empresário
Nelson Belotti, dono de um cassino que tem o ex-jogador como embaixador. Os
passaportes no desembarque chamaram a atenção das autoridades.
Os dois passaram a ser suspeitos por uso de documentos falsos, mas
apenas horas depois, à noite, membros do Ministério do Interior e do MP locais
fizeram uma operação de busca. Segundo o MP, passaportes, carteiras de
identidade e telefones de R10 e Assis foram apreendidos no Yacht y Golf Club.
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