As chuvas de 2020 caminham para quebrar diversos recordes
pluviométricos no Estado. As precipitações têm sido volumosas. Em 96 dias, já
choveu 647,3 milímetros, o que representa 81% do esperado para todo o ano. O
volume de chuva observado até ontem (6), já é superior ao acumulado nos doze
meses de 2015, 2014, 2013, 2012 e 2010.
A tendência para ao longo da quadra chuvosa (que se estende até maio) é
de continuidade de bons índices, conforme previsão dos principais órgãos
meteorológicos. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme) mantém o prognóstico de 80% de probabilidade para chuvas acima ou
dentro da média, e apenas 20% para abaixo da média.
Caso essa previsão, na prática, se confirme, o volume acumulado ao fim
de 2020 vai superar a média anual (800.6 mm), devendo ficar atrás apenas de
2011, quando a Funceme anotou acumulado de 996.6 mm. Além disso, a tendência é
de que essa seja a primeira vez, nos últimos onze anos, em que os cinco meses
iniciais do ano superem, consecutivamente, a média histórica. No primeiro
trimestre deste ano, as chuvas foram além do esperado. Cenário semelhante só
foi verificado em 2019 no recorte temporal dos últimos 11 anos.
Distribuição - Para além dos altos índices pluviométricos,
os agricultores comemoram a boa distribuição de chuvas em quase todas as
regiões do Estado. Nos dois primeiros meses do ano, todas as oito macrorregiões
cearenses tiveram chuvas acima da média. Em março, apenas o Maciço de Baturité
apresentou precipitações abaixo do esperado.
Este tem sido o grande diferencial de 2020. As chuvas têm se
concentrado nas regiões onde estão edificados os maiores açudes do Estado. O
resultado é o aporte em diversos açudes. No Castanhão a recarga foi
significativa. O maior do Estado passou de 2,8% em 2018, para 12,3%. Melhor
índice desde 2016.
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