O acúmulo médio de março de 2020
ficou 34,5% acima de sua média histórica - O aporte dos reservatórios cearenses
no último mês é quase quatro vezes maior que do ano passado
Açude Caldeirões, em Saboeiro é
um dos 33 que estão sangrando no Ceará
Com o acumulado de 272.9 milímetros, o mês de março foi o segundo mais
chuvoso dos últimos 33 anos no Ceará, ficando atrás apenas de 2008, quando a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou
precipitações de 332.5 mm. A média histórica para o período é de 203.4
milímetros.
As volumosas chuvas garantiram recarga hídrica aos principais açudes
cearenses. No acumulado do mês de março, a Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh) registrou aporte de 2,43 bilhões de metros cúbicos nos 155
reservatórios monitorados pelo órgão. Em igual período do ano passado, este
índice foi de 680 milhões de metros cúbicos.
Este resultado positivo também se dá pela regularidade das chuvas
nestes três primeiros meses do ano, que ficaram acima da média histórica. Nos
últimos 33 anos, isso só aconteceu em outras seis vezes. Porém, o acumulado
total de 607 milímetros, nestes três primeiros meses de 2020 é o maior entre
eles.
Outro fator importante é que as precipitações não tem se concentrado
apenas em regiões historicamente favorecidas. O resultado é que, até ontem
(31), 33 açudes do Ceará estavam sangrando.
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