O açude do Orós, segundo maior do Estado, atingiu 23,24% da capacidade,
melhor volume atingido nos últimos 40 meses. Em fevereiro deste ano ele ficou
com apenas 4,72%, menor volume registrado nos últimos 16 anos. O reservatório é
estratégico para abastecimento das cidades de Orós, Jaguaribe, Jaguaretama,
Pereiro e dezenas de vilas e localidades rurais na região do médio Jaguaribe.
A recarga é fruto, principalmente, das chuvas na região do Cariri e no
sertão dos Inhamuns, onde nasce o Rio Jaguaribe. De sábado (25) para domingo
(26), o açude Orós teve um aumento de 32 centímetros.
A última vez que o Orós sangrou foi em junho de 2011.
Importância - O açude Orós faz parte da história de construção
de obras de açudagem no sertão nordestino para enfrentar os efeitos da seca que
sempre foram permanentes ao longo da história. Construído em 1960 no leito do
Rio Jaguaribe, o reservatório arrombou, foi refeito em seguida e inaugurado em
1961 pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek.
Com capacidade máxima de 2 bilhões de metros cúbicos era o maior açude
do Ceará, até a construção do Castanhão, inaugurado em 2004. Durante mais de 40
anos foi estratégico para reabastecer o médio e o baixo vale do Jaguaribe.
Em 1993, mediante uma grave seca, o governo do Ceará construiu o Canal
do Trabalhador e transferiu água do Orós para a Região Metropolitana de
Fortaleza, salvando a capital de um grave colapso hídrico. Depois da conclusão
do Castanhão, o açude passou a ser usado como uma reserva de água para casos
emergenciais e manteve o reabastecimento do Médio Jaguaribe.
Recarga - O rio Cariús é o maior responsável pela
recarga do açude Orós. Nascido em Santana do Cariri, na região do Vale dos
Buritis, no sopé da Chapada do Araripe, o Cariús deságua no rio Jaguaribe no
município de Jucás, acima de Iguatu. Por isso, as chuvas em Nova Olinda e
Farias Brito também são importantes para seu aporte.
Nos quatro primeiros meses do ano, choveu acima da média em todos os
municípios da sub-bacia do Cariús.
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