terça-feira, 28 de abril de 2020

Padre acusado de crimes sexuais vai para prisão domiciliar devido à Covid-19

De acordo com o Tribunal de Justiça, Lenilson Laurindo da Silva integra o grupo de risco da doença - Agora, ele está em prisão domiciliar e monitorado por tornozeleira eletrônica

Presos cearenses terão que arcar com as tornozeleiras eletrônicas
A Justiça do Ceará decidiu pela prisão domiciliar do padre Lenilson Laurindo da Silva. Lenilson passou a cumprir pena em regime domiciliar nesta segunda-feira (27) porque, segundo o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), ele integra o grupo de risco da Covid-19.
O padre é acusado de abusos sexuais contra adolescentes no Município de Juazeiro do Norte, região do Cariri. Ele foi preso em outubro de 2016 e já havia tentado relaxar sua prisão.
Lenilson estava detido na Penitenciária de Juazeiro do Norte. Agora, ele segue sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Não foi informado porque, especificamente, o acusado integra o grupo de risco da Covid-19. O caso segue tramitando em segredo de Justiça, razão pela qual, segundo o Tribunal, mais informações não poderiam ser repassadas.

Denúncia - Segundo denúncia do MPCE, o padre se valia da sua condição e explorava sexualmente as vítimas, na casa da sua irmã. Em determinadas ocasiões ele teria chegado a oferecer dinheiro em troca de favores sexuais. Há também informações que Lenilson trocava materiais pornográficos. As próprias vítimas denunciaram o padre para a Polícia.
Em 2017, a defesa do acusado pediu pela liberdade afirmando que a prisão era abusiva e o réu não ofereceria riscos à sociedade. O MPCE se posicionou afirmando que a permanência da prisão era garantia da ordem pública. O pedido foi negado por unanimidade na Justiça.

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