Bolsonaro disse ter a missão de
"salvar vidas"
Em novo pronunciamento na cadeia de rádio e televisão, o presidente
Jair Bolsonaro reafirmou nesta terça-feira (31) que é necessário "evitar a destruição dos
empregos" em meio à pandemia do novo coronavírus. "Temos a missão de salvar vidas sem deixar para trás os
empregos".
Em sua fala de quase oito minutos, Bolsonaro disse ter determinado ao
ministro da Economia, Paulo Guedes, "que adotasse todas as medidas
possíveis para proteger o emprego e a renda dos brasileiros".
"Temos que combater o desemprego, que cresce rapidamente, em
especial entre os mais pobres", afirmou ele, que reconhece o avanço do
coronavírus como "o maior desafio da nossa geração".
"Minha preocupação sempre foi salvar vidas, tanto aquelas que
perderemos pela pandemia, como as atingidas pelo desemprego, violência e fome.
Me coloco no lugar das pessoas e entendo suas angustias", destacou o
presidente.
Até a tarde desta terça-feira, o Brasil contabilizava 5.717 e 201
mortes ocasionadas pelo novo coronavírus, segundo informações divulgadas pelo
Ministério da Saúde.
Bolsonaro também usou o discurso para recuperar a declaração dada pelo
diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom
Ghebreyesus, para ressaltar que "muitas pessoas têm que trabalhar todos os
dias para levar o sustento para suas famílias".
Em tom mais ameno em relação ao adotado no pronunciamento da semana
passada, Bolsonaro evitou criticar de maneira enfática o isolamento defendido
para interromper o avanço do coronavírus. "Não me valho de palavras para
negar a importância de medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para
mostrar que precisamos mostrar que precisamos pensar nas pessoas mais vulneráveis".
"O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho,
da diarista, do ajudante de pedreiro, caminhoneiro e dos outros autônomos?”,
questionou o presidente.
O presidente ainda aproveitou a oportunidade para agradecer o
"empenho e sacrifício" dos trabalhadores envolvidos no que ele chamou
de serviços essenciais, como profissionais de saúde, seguranças, caminhoneiros
e agricultores.
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