
Rapaz estava em liberdade, mas
respondendo pela morte do padre
A Polícia Civil de Paranaguá, no Litoral do Paraná, investiga mais um
crime cometido por Paulo Roberto Nunes, de 25 anos (foto). O rapaz, que é
morador da cidade, confessou ter matado o próprio pai, porque segundo ele, o
homem teria abusado de uma de suas irmãs. O crime aconteceu no final de semana
e chocou a cidade.
Segundo a polícia, Carlos Roberto Nunes, de 55 anos, foi assassinado e
teve o corpo carbonizado pelo próprio filho. Paulo Roberto Nunes, o filho, foi
preso logo após o crime, quando tentava tirar a própria vida, ameaçando pular
de uma passarela.
Durante o resgate, a polícia descobriu que o jovem era o mesmo que já
havia matado outra pessoa e confessado o crime. As investigações apontam que
Paulo teria matado, quando tinha 21 anos, o padre Auci Ribeiro Lucas, na época
aos 45 anos, também no litoral do Paraná.
A morte do padre, na época, foi justificada pelo rapaz como vingança
por conta de relações sexuais que mantinha com Auci Ribeiro Lucas. O padre
ficou exercendo o cargo por um tempo nas cidades do litoral, e depois foi
transferido para a cidade de Tunas do Paraná. Mesmo assim, continuou a manter
contato com o rapaz.
Na época do crime, Paulo Roberto chegou a ser preso com o carro da
vítima. Ele teria afirmado que o padre pagava para manter relações sexuais com
ele e que um desentendimento, por conta disso, foi o que motivou o assassinato,
e não os abusos que hoje ele diz ter sofrido.

Após ter sido preso, acusado pela morte do padre, Paulo Roberto foi
solto para responder ao crime em liberdade. Nesse período, acabou sendo
flagrado por populares praticando um roubo. Chegou a ser espancado no meio da
rua e ficou gravemente ferido.
Por enquanto Paulo Roberto, que estava muito desorientado quando foi
detido enquanto tentava se matar, ficou preso por conta do roubo que praticou.
A polícia ainda não conseguiu ouvir seu depoimento sobre a morte de seu pai,
mas aos socorristas ele confessou este novo assassinato.
Matou e incendiou o corpo do
próprio pai - O segundo
assassinato cometido por Paulo Roberto aconteceu no final de semana, mas ele
deu indícios de que faria alguma coisa muito antes, no dia 17 de maio. Nas
redes sociais, o rapaz fez uma postagem em que dizia que não aguentava mais
conviver com seu pai, pois o homem teria abusado de sua irmã.
O desabafo continua nas redes sociais e mostra o desespero traduzido em
palavras de um jovem atormentado. Em seu texto, demonstrou ódio, revolta e
falou sobre impunidade. Poucos dias depois, matou seu pai e incendiou o corpo.
Após isso, tentou se jogar da passarela onde foi encontrado.
Rapaz fica preso e espera
julgamento do primeiro crime - Paulo
Roberto continua preso. Antes de cometer o crime contra seu pai, ele já sabia
que o julgamento pela morte do padre estava próximo de acontecer: em junho. O
Ministério Público do Paraná, que acusa o rapaz, já pediu à polícia informações
sobre este novo crime. O objetivo é garantir que, mesmo que haja um atraso no
julgamento, por causa da pandemia de coronavírus, Paulo Roberto fique preso.
Vizinhos e amigos de Carlos Roberto Nunes, o homem assassinado pelo
próprio filho, lamentaram o crime. Os moradores próximos confirmam que Paulo
Roberto era um jovem problemático e que o pai sempre tentava ajudá-lo. A
polícia deve investigar, também, a denúncia de que o homem teria abusado da
própria filha.
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