terça-feira, 16 de junho de 2020

IMPUNIDADE - Depois de identificados e ouvidos, suspeitos de matar PMs continuam em liberdade

Para liberar um dos suspeitos, um juiz alegou o risco da pandemia nos presídios

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O suspeito de matar o sargento se apresentou no DHHP e, em seguida, foi embora livremente

Um bandido foi preso. Outro se apresentou. Os dois são apontados como suspeitos de envolvimento na morte de dois policiais militares no último fim de semana. Mas ambos não ficaram presos. Um deles livrou o flagrante. O outro saiu pela porta da frente do prédio onde participou de uma audiência de custódia e foi mandado para a casa pelo juiz.
As duas situações de impunidade foram registradas na última segunda-feira, após o fim de semana marcado pela violência de bandidos contra integrantes da Polícia Militar. Dois PMs foram assassinados, outro baleado e um quarto membro da corporação só escapou dos bandidos porque reagiu prontamente atirando de dentro de seu carro contra os suspeitos.
Na tarde de segunda-feira (15), o suspeito de ter participado da morte do soldado PM Daniel Campos de Menezes participou de uma audiência de custódia e foi solto mediante o cumprimento de medida cautelar. Depois de preso armado e autuado em flagrante em uma delegacia da Polícia Civil, Paulo Lucas Oliveira da Silva, que teria participado diretamente da morte do PM, no bairro José Walter, foi liberado pelo juiz.
Na sentença, o juiz argumentou que, devido à pandemia do coronavírus que atinge os presídios e a superlotação de presos, mandar o suspeito para a cadeia representaria um grande risco de “desencadear graves conseqüências não só para a saúde dos presos, como também daqueles que trabalham nos presídios”.

Confessou - Outro suspeito, identificado pela Polícia como suspeito de participação no assassinato do sargento da PM Nilton Cézar Vieira Lopes, morto na madrugada do último sábado em  Messejana, quando voltava para casa após participar de uma operação, também, está em liberdade.
Um advogado ligou para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e exigiu condições de segurança para apresentar seu cliente, o suspeito da morte do militar.
Minutos depois, o suspeito entrou no prédio do DHPP sozinho. Entregou uma pistola de calibre 380 e confessou ter disparado cerca de 15 tiros no PM. Depois disso, saiu pela porta da frente e foi embora.

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