Oito suspeitos de assalto e seis
reféns foram mortos na madrugada do dia 7 de dezembro de 2018, na cidade de
Milagres - Policiais militares são apontados com autores dos disparos que
mataram 14 pessoas
Troca de tiros entre criminosos e
policiais deixou 14 mortes em Milagres - Pelo menos seis pessoas mortas eram
reféns de duas famílias
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (CGD) prorrogou o afastamento de 15 policiais
militares envolvidos no episódio que ficou conhecido como "Tragédia em
Milagres". As portarias sobre a continuidade do afastamento das ruas e
permanência em funções administrativas foram publicadas na última segunda-feira
(22), no Diário Oficial do Estado do Ceará e são válidas até 18 de agosto deste
ano.
O tiroteio resultou na morte de 14 pessoas, ocorreu na madrugada do dia
7 de dezembro de 2018, em Milagres, cidade do interior do Ceará. Das 14 pessoas
mortas, oito eram suspeitos de assaltos a agências bancárias da localidade e
seis eram reféns. Policiais Militares
são acusados de disparar os tiros que mataram os suspeitos e as famílias
mantidas reféns.
De acordo com as portarias da CGD, a decisão de afastamento por mais
120 dias é retroativa ao dia 21 de abril deste ano. Os policiais afastados têm
entre as patentes soldado, cabo, capitão, 1º sargento e 2º sargento.
Carro em que vítima estava junto
com criminosos foi atingido por diversos tiros em Milagres
O Conselho de Defesa do Policial no Exercício de suas Funções (CDPEF),
representante dos militares José Marcelo Oliveira, José Anderson Silva Lima,
João Paulo Soares de Araújo, Sérgio Saraiva Almeida, Sandro Ferreira Alves,
Elienai Carneiro dos Santos, Diego Oliveira Martins e José Maria de Brito
Pereira Júnior, afirma ter ciência sobre a prorrogação do afastamento e afirma
analisar a possibilidade de recorrer.
Investigação - Policiais
destruíram provas após massacre com 14 mortes em Milagres
Para a Controladoria, mesmo um ano e meio após os crimes, os
afastamentos são necessários para garantir a instrução do processo
administrativo disciplinar e resguardar o comprometimento dos depoimentos. A
CGD diz não ser possível admitir possibilidade de alguma testemunha ser
influenciada pelos militares envolvidos.
Os militares José Azevedo Costa Neto, Edson Nascimento do Carmo e o
cabo Paulo Roberto Silva dos Anjos, ambos do Batalhão de Polícia de Choque
(BPChoque), são suspeitos dos disparos que atingiram cinco reféns: Cícero
Tenório dos Santos, Claudineide Campos de Souza, Gustavo Tenório dos Santos,
João Batista Campos Magalhães e Vinícius de Souza Magalhães.
Nos laudos cadavéricos destas vítimas foi comprovado que os corpos
foram atingidos por projéteis de fuzis. De acordo com a CGD, este é o tipo de
arma utilizada pelos militares envolvidos.
Os PMs José Marcelo Oliveira, José Anderson Silva Lima, João Paulo
Soares de Araújo, Sérgio Saraiva Almeida, Daciel Simplício Ribeiro, Leandro
Vidal dos Santos, Fabrício de Lima Silva e Alex Rodrigues de Rezende são
suspeitos de matar os assaltantes Lucas Torquato Loiola Reis e Rivaldo Azevedo
Santo. Sandro Ferreira Alves, Elienai Carneiro dos Santos, José Maria de Brito
Pereira Júnior e Diego Oliveira Martins também são suspeitos, especificamente,
de participarem da morte de Lucas Torquato.
Vítimas - Dos seis reféns mortos, cinco eram da mesma
família. Eles foram abordados pelos suspeitos quando voltavam do Aeroporto de
Juazeiro do Norte e seguiam pela BR-116 para Serra Talhada, em Pernambuco.
Criminosos fizeram reféns em
direção a bancos em Milagres - Seis morreram, além de oito suspeitos
Nenhum comentário:
Postar um comentário