quinta-feira, 11 de junho de 2020

Policial penal pedala 800 Km para protestar contra os “desmandos” do secretário

A categoria faz graves denúncias contra a administração de Luís Mauro Albuquerque

Policial penal Santos saiu de Recife no domingo e deve chegar a Fortaleza até sábado

Percorrer cerca de 800 quilômetros, entre Fortaleza e Recife, pedalando uma bicicleta. Esta foi a forma que um policial penal (agente penitenciário) encontrou para chamar a atenção da sociedade e da Imprensa cearenses e, ao mesmo tempo, protestar diante de desmandos da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará e da falta de valorização da classe por parte do governo do Estado.
Santos saiu de Recife no último domingo (7) e iniciou a longa jornada em direção a Fortaleza, pedalando sua bike e levando nas costas uma mochila com alimentos e medicamentos.  Na última quarta-feira (10) ele já estava exausto, em seu terceiro dia de jornada. Pedalou por cerca de 130 quilômetros de estrada, entre as cidades de Mamanguape, na Paraíba; e Parnaíba, no Rio Grande do Norte.

Protestos - O gesto do agente Santos é apoiado pelos colegas, que têm denunciado uma série de desmandos por parte da direção da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará. Eles citam o nome do titular da Pasta, policial civil Luís Mauro Albuquerque, como um “secretário tirano”.
“Centenas de agentes estão sendo obrigados a mudar de cidade com a família por morar distante do trabalho em um momento de crise da pandemia com a mudança na escala”, afirma um servidor.
“O secretário obriga o servidor a diminuir os custos do trabalho seguindo um decreto governamental em momento de crise, mais aumenta as despesas pessoais do servidor  mudando a escala de profissionais que estão há 5 anos sem aumento salarial e a grande maioria esta completamente desmotivada e com os desmandos  do Senhor Mauro Albuquerque,  que teve a oportunidade de ser o maior gestor da história do Sistema Penal cearense” cita outro agente.
“À exemplo do Rio Grande do Norte, está ocorrendo no Ceará  um esvaziamento da categoria e muitos estão se dedicando ao máximo para passar em outros concursos e abandonar o sistema penal ou adoecendo e colocando atestado médico”, revela um agente.

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