Conforme os investigadores, uma
família proprietária de quatro empresas estaria em conluio e superfaturando os
equipamentos
Operação foi deflagrada nesta quarta-feira
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) investiga práticas fraudulentas em dois
processos de compras de equipamentos de proteção individual (EPIs). Conforme os
investigadores, os equipamentos vinham sendo adquiridos pela Prefeitura de
Fortaleza e Prefeitura de Maracanaú, município da Grande Fortaleza.
Na manhã da última quarta-feira (3), os policiais deflagraram a
Operação Alcateia. Segundo a Polícia, uma família proprietária de, pelo menos,
quatro empresas estaria em conluio negociando os EPIs com preços
superfaturados. Conforme a Polícia, máscaras
que tinham preço médio de R$ 5 vinham sendo comercializadas por R$ 92. Até
agora a investigação apontou um prejuízo de, pelo menos, R$ 17 milhões aos
cofres municipais. Não foram divulgados nomes das empresas e dos proprietários.
Durante as diligências da Operação Alcateia foram cumpridos nove
mandados de busca e apreensão em dois hospitais, sedes das empresas e
residências dos suspeitos. Ninguém foi preso. Foram apreendidos quase R$ 17 mil
e equipamentos eletrônicos, como celulares e computadores, que devem passar por
perícia e auxiliar no desdobramento da investigação.
Alvos - As investigações tiveram início há quase
dois meses, após a Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) receber denúncias
sobre fraude nos processos de compra dos produtos a serem distribuídos para o
Hospital Zilda Arns Neumann, conhecido como Hospital da Mulher, em Fortaleza, e
o Hospital Municipal de Maracanaú.
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