Policial militar está proibido de
sair de casa e de utilizar aparelhos celulares e computadores
Soldado é suspeito de publicar
ofensas a superiores durante motim de PMs
A Justiça Estadual decretou a prisão preventiva do soldado da Polícia
Militar do Ceará (PMCE) Márcio Wescley
Oliveira dos Santos, por criticar o governador Camilo Santana, o secretário
da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, e o comandante da
Corporação, coronel Alexandre Ávila, nas redes sociais.
A decisão foi proferida pela Auditoria Militar da Justiça Estadual, no
dia 2 de junho último. Devido a pandemia do novo coronavírus, o juiz Roberto
Soares Bulcão Coutinho determinou que o policial militar fique recolhido dentro
de casa, em tempo integral, com uso de
tornozeleira eletrônica.
O magistrado definiu ainda que o militar está proibido de utilizar
aparelhos celulares e computadores e de acessar redes sociais e aplicativos de
mensagem para publicar conteúdos referentes ao meio militar ou da área da
Segurança Pública. Em caso de descumprimento da decisão, a prisão domiciliar
pode ser revogada e o PM levado ao presídio.
A Polícia Militar do Ceará informou, em nota, que "a prisão do SD
PM Wescley foi uma ação executada por uma guarnição do Comando de Policiamento
de Choque (CPChoque) em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça Militar.
Em razão da pandemia de Covid-19, o referido mandado determinou a prisão
domiciliar do soldado, com monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira, o
que foi cumprido integralmente".
Conforme o Inquérito Policial Militar, desde o motim dos policiais
militares registrado em fevereiro deste ano, o soldado publica várias mensagens
desrespeitosas e ofensivas aos superiores, nas redes sociais Facebook,
Instagram, Twitter e WhatsApp, e ainda pede o compartilhamento.
Márcio Wescley é suspeito de incitamento, publicação ou crítica
indevida e desacato a superior, todos crimes previstos no Código Penal Militar.
Ele foi afastado preventivamente por 120 dias pela Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará
(CGD), ainda em fevereiro.
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