sexta-feira, 12 de junho de 2020

Suspeito de integrar organização criminosa do Ceará é preso no Agreste sergipano

Nas duas passagens pela polícia, o suspeito foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, lesão corporal, resistência, desacato, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas

Cearense membro de facção criminosa é preso em Sergipe - CNEWS
Francisco Marcileudo Mesquita da Silva

Um suspeito de integrar a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) foi preso em uma operação realizada na última quinta-feira (11), no município de Itabaiana, no Estado de Sergipe. Cearense, Francisco Marcileudo Mesquita da Silva, 38, é suspeito de homicídio qualificado e réu na Justiça desde abril deste ano por envolvimento nos ataques contra o Estado do Ceará que aconteceram em setembro de 2019.
A operação, realizada pelas Polícias Civis do Ceará (PCCE) e de Sergipe, capturou Francisco Marcileudo em uma residência, em bairro nobre de Itabaiana. Conforme a PCCE, após investigações iniciadas na última terça-feira (9), uma equipe da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) viajou até Sergipe e realizou a prisão.
De acordo com a Polícia, Francisco, conhecido como ‘Dão’, usava um outro nome em Sergipe. Os policiais apreenderam documentos falsos no imóvel de luxo em que ele estava. Em seguida, o suposto faccionado foi levado até o Aeroporto Internacional de Santa Maria, do qual foi transportado pela Corporação em um avião até Fortaleza.

Suspeito de integrar organização criminosa no Ceará foi preso em Sergipe — Foto: SSP/SE/Divulgação
Suspeito de integrar organização criminosa no Ceará foi preso em Sergipe

Crimes - Segundo a Polícia, Francisco foi preso por homicídio qualificado e por associação criminosa. O suspeito já foi indiciado anteriormente por lesão corporal, resistência, desacato, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas. ‘Dão’ foi condenado a cumprir pena superior a 24 anos pelo assassinato.
Além dos diversos crimes, o suposto faccionado é investigado por ser supostamente comparsa do paraibano Ednaldo Braz da Silva, 46, o ‘Siciliano’, suspeito de ser um dos chefes da Guardiões do Estado, que também virou réu no processo da Justiça do Ceará, em abril, e teria ordenado ações criminosas contra o patrimônio público e privado do território cearense enquanto estava em uma prisão no interior pernambucano.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Ednaldo é suspeito de envolvimento no planejamento dos assassinatos dos secretários da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, e da Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque, e de um diretor de um presídio, além do resgate de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado em Itaitinga.
O Ministério Público informou que Ednaldo tramava os atentados contra o Ceará enquanto estava preso em Limoeiro, em Pernambuco. Conforme a Polícia, ele foi transferido para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 27 de setembro de 2019. Ao deixar a chefia, Francisco teria assumido o cargo do comparsa.

Membro de facção criminosa suspeito de envolvimento nos ataques de ...
Francisco Marcileudo Mesquita da Silva, de 38 anos, foi levado de Sergipe para a capital cearense pela Polícia Civil em um avião

Foragido - Polícia Civil do Ceará mantém as investigações para prender o último membro que sobrou da cadeia hierárquica da GDE, identificado como Francinélio Oliveira e Silva, 46. Contra o suspeito, conhecido como ‘Geléia’, há um mandado de prisão em aberto por roubos e furtos, com pena imposta de 51 anos e 10 meses em regime fechado.

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