Vinte e oito presidiários que
estavam em presídios federais deixaram as unidades para retornar ao estado onde
cometeram os crimes
Homem que participou da maior
chacina já ocorrida no Ceará deixará presídio federal e retornará ao estado
Os 28 presos que estavam em presídios federais e voltaram para o Ceará
são chefes de três facções criminosas e respondem a crimes como organização
criminosa, homicídio, roubo e tráfico de drogas.
Entre eles, está Auricélio Sousa Freitas, o 'Celim da Babilônia',
fundador de uma facção cearense. Ele é acusado de ser um dos mandantes da
Chacina das Cajazeiras (que deixou 14 mortos em uma festa em Fortaleza) e de
expulsar dezenas de famílias que residiam no Bairro Barroso, também na capital
cearense.
Marcílio Alves Feitosa foi preso por tráfico internacional de drogas no
Ceará, em 2012. Ele também é considerado um dos 'homens de confiança' de
Gilberto Aparecido dos Santos, o 'Fuminho', acusado de ordenar os assassinatos
de Rogério Jeremias de Simone, o 'Gegê do Mangue' e Fabiano Alves de Sousa, o
'Paca'.
Criminoso que ordenou onda de
ataques em Fortaleza deixa presídio federal
Dois primos também voltaram aos presídios cearenses. Eles eram
comparsas, mas viraram chefes de facções rivais no Município de Pacajus após
uma desavença. José Fabiano Nunes de Alencar responde por homicídio,
latrocínio, roubo, receptação, ameaça e organização criminosa. E Francisco
Patrick Alencar Amaral responde por tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal
de arma de fogo e organização criminosa.
Celim,
fundador de facção criminosa cearense, deixa presídio federal
Prazo expirado - O retorno
dos detentos se deu pelo término do prazo dos mesmos no Sistema Penitenciário
Federal, sem que as autoridades cearenses pedissem em tempo a renovação da
custódia deles em outros Estados. Entretanto, esse pedido está sendo estudado.
Os presos foram transferidos para presídios federais durante e depois
da maior série de ataques criminosos a bens públicos e privados do Ceará,
ocorrida em janeiro de 2019.
Conforme as investigações, eles ordenaram os crimes de dentro do
presídio e alguns deles chegaram a se rebelar na unidade penitenciária, devido
o regime duro anunciado pelo secretário da Administração Penitenciária (SAP),
Mauro Albuquerque.
A Secretaria confirmou, em nota, o recambiamento dos detentos para o
Ceará e garantiu "que todos eles passaram pela triagem médica, fizeram
testagem para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) e ficaram o tempo
de isolamento necessário preconizado pela Secretaria de Saúde do Estado".
O Ceará previa inaugurar o primeiro Presídio de Segurança Máxima
Estadual no início deste ano, mas o plano foi adiado pela pandemia. Entretanto,
a SAP afirmou "que o sistema prisional cearense está preparado para
receber e abrigar, com segurança, qualquer interno que esteja sob a sua
tutela".
Confira a lista
Renan Pereira da Silva - Euder de Sousa Bonethe - Auricelio Sousa
Freitas - Francisco Patrick Alencar Amaral - Daniel Junior dos Santos da Silva
- José Aldir Lopes de Oliveira - Adailo de Sousa Costa - Francisco Rafael Alves
de Lima - Fabiano Silva Lima - João Vaz de Sousa Neto - Willame Huaina Diogenes
Cintra - Antônio Gerlando Sampaio - Lúcio Bispo dos Santos - Marigebio Ferreira
de Freitas - Márcio Henrique Jacome Lopes - Erivando Paulino de Sousa -
Francisco Arielson de Souza - Francisco Eudes Martins da Costa - João Wanderson
dos Santos Sousa - José Fabiano Nunes de Alencar - Leandro de Sousa Teixeira -
Leonardo Santos Bezerra - Manoel Giliarde da Silva - Marcílio Alves Feitosa -
Marco Aurélio Flávio - Paulo César da Costa Souza - José Glauberto Teixeira do
Nascimento - Clauber Pereira de Sousa.
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