Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad,
preso acusado de comandar a quadrilha
Fotos extraídas do celular de Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão,
mostram como uma de suas prováveis vítimas foi monitorada, com uso inclusive de
drones que registravam as imagens. O aparelho foi apreendido em outubro de 2019
e, entre outras provas, as imagens levaram à Operação Tânatos, que na última
terça-feira o prendeu. Também foi preso seu irmão, Leonardo Gouvêa da Silva, o
Mad, acusado comandar o Escritório do Crime desde a morte do ex-capitão da PM
Adriano Magalhães da Nóbrega.
Tonhão - Preso em operação na
última terça-feira
As imagens do celular de Tonhão haviam sido apagadas e foram
recuperadas por especialistas com um equipamento israelense conhecido como
“chupa-cabras”. O alvo seria o pecuarista Alcebíades Paes Garcia, o Bid, irmão
do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho. Bid foi executado em 25 de
fevereiro deste ano, quando voltava da última noite de desfiles das escolas do
Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí. De acordo com as investigações, a vítima
ficou sob vigilância por quase um ano. Além das fotos e vídeos feitos pelo
drone do bando de pistoleiros, havia mapas de localização da casa e os locais
frequentados pela vítima. Os pistoleiros também acompanhavam as redes sociais
de Bid.
Para extrair os dados do aparelho de Tonhão, especialistas, a pedido do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Minsitério
Público do Rio, utilizaram um equipamento chamado Ufed Touch. A ferramenta foi
desenvolvida pela empresa israelense Cellebrite e é popularmente conhecida como
“chupa-cabras”.
O celular de Tonhão foi apreendido na “Operação Submersus”, em 3 de
outubro de 2019. Nessa ação, o Gaeco tinha como alvo Elaine de Figueiredo
Lessa, mulher do sargento reformado Ronnie Lessa. O PM é apontado como executor
da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Além de Elaine, a Justiça determinou a prisão de três pessoas e a busca
e apreensão de imóveis do grupo de Lessa e do bando de pistoleiros.
Segundo a Delegacia de Homicídios (DH) da capital, Lessa tem vínculos
com o grupo de pistoleiros conhecido por Escritório do Crime, mas não está
integrado à quadrilha. O titular da DH disse que o grupo não teve participação
no assassinato da vereadora.
O Gaeco informou que Mad substituiu, no comando do bando, o ex-capitão
do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Magalhães da
Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro deste ano. Ainda há dois ex-PMs, que
tiveram a prisão decretada na Tânatos, que se encontram foragidos. Os
investigadores afirmaram que o bando recebe encomendas de contraventores para
matar desafetos, na disputa por territórios.
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