O casal se apresentou na
delegacia de Parnamirim e negou ter morto a criança
Nemézio e Eduarda estão detidos
na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim
Deverá ser trazido para o Ceará, nas próximas horas, o casal suspeito
de ter assassinado uma criança de 3 anos de idade na cidade de Russas, no Vale
do Jaguaribe. O pai e a madrasta da menina Maria Esther Rodrigues se
apresentaram em uma delegacia de Polícia em Natal, no Rio Grande do Norte, no
fim da tarde da última quarta-feira (22).
De acordo com as autoridades policiais do Rio Grande do Norte, o casal
se apresentou espontaneamente na 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade de
Parnamirim (a 12Km ao sul de Natal) após ter fugido do Ceará na noite da última segunda-feira (20).
O pai da menina, Nemézio Correia Galvão Neto, 28 anos, levou a criança ao
hospital da cidade de Russas e disse que a filha havia se engasgado, mas, logo,
os médicos constataram vários hematomas no corpo da criança, suspeitando de que
ela fora vítima de espancamentos e maus-tratos.
O pai e a madrasta, Eduarda Ferreira Luiz, 27 anos, fugiram então da
cidade de Russas e seguiram para o Rio Grande do Norte. A Polícia Civil do Ceará, por sua vez,
iniciou o trabalho de investigação e o corpo da menina foi encaminhado ao
Núcleo Regional da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), em Russas, onde
foi realizada a necropsia.
No dia seguinte, terça-feira (21), o corpo da pequena Maria Esther
Rodrigues, foi sepultada em Russas em meio a um clima de muita tristeza e
revolta entre familiares e moradores da localidade de Poço Redondo, na zona
rural, onde aconteceu o fato.
Caiu da moto ou se engasgou - O pai da menina contou nova versão à Polícia
do Rio Grande do Norte acerca do caso. Diferente do que havia dito no hospital
de Russas, quando entregou Esther na Emergência, afirmando que a filha havia se
engasgado, na delegacia de Parnamirim contou que a menina havia caído da motocicleta
que ele pilotava.
O casal afirmou, ainda, que decidiu fugir de Russas porque, quando
voltava do hospital onde deixara a criança, soube que os moradores de Poço
Redondo se preparavam para linchá-lo. O pai negou, ainda, ter estuprado a filha
e disse a história é “antiga” e que foi seu pai, avô paterno da menina, que
praticou o abuso sexual.
Para as autoridades, a fuga do casal e a contradição nas versões
apresentadas até agora pelo pai da menina Esther reforçam a suspeita de que a
criança pode ser sido morta por agressão.
À pedido da Polícia Civil, em
Russas, a Justiça decretou a prisão temporária do casal. O laudo do exame de
necropsia ainda é aguardado pelas autoridades.
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