quinta-feira, 23 de julho de 2020

Pai e madrasta suspeitos de matar menina no Ceará se entregam à Polícia no RN

O casal se apresentou na delegacia de Parnamirim e negou ter morto a criança

Nemézio e Eduarda estão detidos na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim

Deverá ser trazido para o Ceará, nas próximas horas, o casal suspeito de ter assassinado uma criança de 3 anos de idade na cidade de Russas, no Vale do Jaguaribe. O pai e a madrasta da menina Maria Esther Rodrigues se apresentaram em uma delegacia de Polícia em Natal, no Rio Grande do Norte, no fim da tarde da última quarta-feira (22).
De acordo com as autoridades policiais do Rio Grande do Norte, o casal se apresentou espontaneamente na 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade de Parnamirim (a 12Km ao sul  de Natal)  após ter fugido do  Ceará na noite da última segunda-feira (20). O pai da menina, Nemézio Correia Galvão Neto, 28 anos, levou a criança ao hospital da cidade de Russas e disse que a filha havia se engasgado, mas, logo, os médicos constataram vários hematomas no corpo da criança, suspeitando de que ela fora vítima de espancamentos e maus-tratos.
O pai e a madrasta, Eduarda Ferreira Luiz, 27 anos, fugiram então da cidade de Russas e seguiram para o Rio Grande do Norte.  A Polícia Civil do Ceará, por sua vez, iniciou o trabalho de investigação e o corpo da menina foi encaminhado ao Núcleo Regional da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), em Russas, onde foi realizada a necropsia.
No dia seguinte, terça-feira (21), o corpo da pequena Maria Esther Rodrigues, foi sepultada em Russas em meio a um clima de muita tristeza e revolta entre familiares e moradores da localidade de Poço Redondo, na zona rural, onde aconteceu o fato.

Caiu da moto ou se engasgou - O pai da menina contou nova versão à Polícia do Rio Grande do Norte acerca do caso. Diferente do que havia dito no hospital de Russas, quando entregou Esther na Emergência, afirmando que a filha havia se engasgado, na delegacia de Parnamirim contou que a menina havia caído da motocicleta que ele pilotava.
O casal afirmou, ainda, que decidiu fugir de Russas porque, quando voltava do hospital onde deixara a criança, soube que os moradores de Poço Redondo se preparavam para linchá-lo. O pai negou, ainda, ter estuprado a filha e disse a história é “antiga” e que foi seu pai, avô paterno da menina, que praticou o abuso sexual.
Para as autoridades, a fuga do casal e a contradição nas versões apresentadas até agora pelo pai da menina Esther reforçam a suspeita de que a criança pode ser sido morta por agressão.  
 À pedido da Polícia Civil, em Russas, a Justiça decretou a prisão temporária do casal. O laudo do exame de necropsia ainda é aguardado pelas autoridades.

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