Victor Rodrigues Pinto da Silva,
de 29 anos, foi morto em uma abordagem a um falso policial no dia 8 de agosto -
Outros dois policiais morreram na ação
Nasce filho de PM assassinado na
véspera do Dia dos Pais em São Paulo
Três dias depois da morte do policial militar Victor Rodrigues Pinto da
Silva, de 29 anos, seu filho, Samuel Victor, nasceu nesta terça-feira (11). O
soldado foi morto no sábado (8), véspera de Dia dos Pais, em uma abordagem a um
falso policial. Outros dois PMs foram mortos, Celso Ferreira de Menezes Júnior
e José Valdir De Oliveira Júnior, que deixou a esposa grávida de gêmeos.
Samuel Victor nasceu no Hospital Cruz Azul. "Veio para acalmar o
coração dos familiares nesse momento de dor. Seja bem-vindo, Samuel. Saiba que
você é filho de um herói", disse a Polícia Militar.
O crime aconteceu no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das
5h. Os policiais abordaram um carro com dois homens. Um deles, Cauê Doretto de
Assis, de 24 anos, disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a
carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.
Enquanto os PMs checavam se Cauê era mesmo policial civil, ele sacou
uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.
Soldado Celso Ferreira de Menezes
Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos - O soldado
Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa grávida - O
sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a
esposa grávida de gêmeos.
O acompanhante de Cauê que também estava no carro e único sobrevivente
do tiroteio, Vitor Mendonça, foi levado para a delegacia para prestar
depoimento oficialmente como detido e suspeito. As investigações vão determinar
se ele também agiu ou se passará a ser testemunha do caso. Ele disse que a
abordagem policial acontecia normalmente, mas que Cauê se exaltou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Cauê não era
policial civil e que a carteira profissional usada por ele é falsa.
Cauê fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido e
levado para o pronto-socorro do Hospital Regional de Osasco, na região
metropolitana de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O falso
policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido,
passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP).
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