terça-feira, 11 de agosto de 2020

Nasce filho de PM morto no sábado, véspera do dia dos pais, em falsa abordagem

Victor Rodrigues Pinto da Silva, de 29 anos, foi morto em uma abordagem a um falso policial no dia 8 de agosto - Outros dois policiais morreram na ação

 Nasce filho de PM assassinado na véspera do Dia dos Pais em São Paulo — Foto: Reprodução/Facebook

Nasce filho de PM assassinado na véspera do Dia dos Pais em São Paulo

Três dias depois da morte do policial militar Victor Rodrigues Pinto da Silva, de 29 anos, seu filho, Samuel Victor, nasceu nesta terça-feira (11). O soldado foi morto no sábado (8), véspera de Dia dos Pais, em uma abordagem a um falso policial. Outros dois PMs foram mortos, Celso Ferreira de Menezes Júnior e José Valdir De Oliveira Júnior, que deixou a esposa grávida de gêmeos.
Samuel Victor nasceu no Hospital Cruz Azul. "Veio para acalmar o coração dos familiares nesse momento de dor. Seja bem-vindo, Samuel. Saiba que você é filho de um herói", disse a Polícia Militar.
O crime aconteceu no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 5h. Os policiais abordaram um carro com dois homens. Um deles, Cauê Doretto de Assis, de 24 anos, disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.
Enquanto os PMs checavam se Cauê era mesmo policial civil, ele sacou uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.

Soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos. O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa grávida. O sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a esposa grávida de gêmeos. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos - O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa grávida - O sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a esposa grávida de gêmeos.

O acompanhante de Cauê que também estava no carro e único sobrevivente do tiroteio, Vitor Mendonça, foi levado para a delegacia para prestar depoimento oficialmente como detido e suspeito. As investigações vão determinar se ele também agiu ou se passará a ser testemunha do caso. Ele disse que a abordagem policial acontecia normalmente, mas que Cauê se exaltou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Cauê não era policial civil e que a carteira profissional usada por ele é falsa.
Cauê fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido e levado para o pronto-socorro do Hospital Regional de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O falso policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido, passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

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