Vítima de 22 anos teve o corpo
queimado com gasolina, na área rural de Itu - Caso continua sendo investigado
pela Polícia Civil
Polícia faz reconstituição do crime
em Itu
O casal preso suspeito de matar carbonizada a trans Vick Santos, de 22
anos, em Itu (SP), passou a noite em um motel de Sorocaba (SP) depois do crime.
A Justiça renovou a prisão temporária do pai de santo e da esposa, dona de uma
pensão para trans e travestis.
Douglas José Gonçalves confessou o crime e a esposa dele, Natasha
Oliveira, também permanece presa depois que a Justiça negou o habeas corpus
pedido pela defesa. Durante a reconstituição, o homem deu detalhes sobre o
assassinato da vítima.
Segundo apurado, os dois ficaram no motel por cerca de 8 horas e
consumiram bebida alcoólica, café e cigarro.
O crime ocorreu em uma estrada de terra sem movimento de carros. A
entrada do casal no motel foi registrada às 5h14 com saída 13h.
Enquanto os dois estavam hospedados, o corpo da vítima foi encontrado
na estrada, sem documentos, carbonizado e com marcas de enforcamento.
Reconstituição - A reconstituição do assassinato foi feita em
dois lugares. O primeiro foi em uma chácara, na zona norte de Sorocaba, onde
também funcionava um terreiro. Douglas afirmou que a matou no local durante uma
briga.
Ele alegou à polícia que, na ocasião, se deparou com a trans na porta
da chácara do casal e Vick teria o ameaçado. Uma desavença por dívidas teria
sido a causa da discussão.
Reconstituição foi feita em Sorocaba e Itu
Douglas contou que conseguiu enrolar um lençol no pescoço de Vick com
uma técnica de artes marciais. Horas depois, ele afirmou que foi até uma
pousada onde estava Natasha e contou sobre a versão.
Natasha mantinha uma pensão e é suspeita de gerenciar mulheres trans e
travestis em um bairro nobre, onde Vick também foi moradora.
Crime - Conforme o relato de Douglas, o corpo da
trans foi colocado no carro e deixado na área rural de Itu. Em seguida, foi
ateado fogo com a intenção de despistar a investigação.
Rodeado de policiais e peritos, no dia da reconstituição Douglas abriu
o porta-malas e usou uma garrafa e um papel para simular a sequência do
assassinato. Em determinado momento, ele revelou que os dois passaram em um
posto de combustíveis e que usou gasolina e uma nota de R$ 2 para atear fogo ao
corpo.
A vítima foi encontrada carbonizada no dia 28 de maio, em uma estada. O
laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima também foi
estrangulada.
Casal foi preso pela morte de trans de Sorocaba
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