Segundo inquérito da Polícia
Civil, militares responderão por homicídio qualificado e fraude processual - Durante
investigações, eles alegaram que foram recebidos a tiros ao fazer abordagem,
mas família sempre negou versão
Victor de Paula Araújo e Kaleb de
Paula Araújo foram mortos a tiros
Quatro policiais militares lotados no Batalhão de Operações Especiais
(Bope) foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio qualificado e fraude
processual pelas mortes dos irmãos Victor
e Kaleb de Paula, de 21 e 18 anos. Os dois foram assassinados a tiros
durante uma abordagem dos agentes à casa onde moravam, em Trindade, Região
Metropolitana de Goiânia, no começo deste ano.
Em nota, a Polícia Civil confirmou a conclusão do inquérito e o envio
do mesmo ao Poder Judiciário para que o Ministério Público se manifeste.
Foram indiciados Ricardo da Costa
Faria Junior, Leonardo de Oliveira Cerqueira, Jefferson da Silva Gomes e Carlos
Pinheiro Lopes.
Já a PM disse que "seguirá todas as determinações judiciais que
lhes forem legalmente determinadas para o caso".
Crime - O caso aconteceu em 6 janeiro deste ano. Os
jovens foram alvejados no quintal de casa, durante um suposto confronto com os
militares, no Setor Maysa 2. Os policiais afirmaram em depoimento que
averiguavam uma denúncia de tráfico de drogas, mas foram recebidos a tiros e
revidaram. A família dos jovens, porém, sempre contestou a versão.
A perícia que analisou a ação dos policiais identificou que os órgãos
de socorro, o Corpo de Bombeiros e o Samu, foram chamados mais de 20 minutos
depois do suposto confronto. Um áudio que registra parte dos tiros ajudou a
identificar o tempo entre a abordagem e o pedido de socorro médico.
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