sexta-feira, 14 de agosto de 2020

TRANSFOBIA - Fortaleza teve 4 mulheres trans assassinadas em apenas 28 dias

Crimes ocorrem em ano de escalada da violência no Ceará - Só nos primeiros quatro meses, 64 pessoas trans foram assassinadas no País

 Soraya Oliveira, proprietária de salão de beleza, foi encontrada morta nas proximidades da Lagoa da Maraponga (Foto: Reprodução/Facebook)

Soraya Oliveira, proprietária de salão de beleza, foi encontrada morta nas proximidades da Lagoa da Maraponga

Três mulheres transexuais e travestis foram mortas em Fortaleza dentro de uma semana. Em 28 dias, chegou a quatro o número de corpos trans encontrados mortos na Capital, conforme denuncia a Rede de Observatórios da Segurança. Para pesquisadoras, casos de transfobia refletem ano intenso para a segurança pública no Estado e série de problemas que afetam a população de transexuais e travestis.
O primeiro desses casos é o de Soraya Oliveira, proprietária de salão de beleza. Ela foi encontrada morta nas proximidades da Lagoa da Maraponga com ferimentos provocados por arma de fogo. Ao lado dela foi encontrado o corpo de um homem.
Já neste mês de agosto, no dia 3, uma travesti que não chegou a ser identificada foi encontrada em área próxima ao Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), no bairro Bonsucesso. No dia 8, uma adolescente travesti, de 15 anos, foi vista entrando em um matagal localizado na Granja Lisboa e minutos depois executada a tiros. O caso mais recente é de Letícia Costa, de 29 anos. Ela foi atingida com disparos de arma de fogo no Centro de Fortaleza, na noite da última segunda-feira (10).

Escalada da violência - Os crimes acontecem em um ano atípico no Ceará quando se fala em segurança pública. O primeiro semestre foi marcado pela escalada de homicídios e mortes por intervenção policial. O pico foi de 459 homicídios em fevereiro deste ano, conforme dados consolidados da SSPDS.

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