Enquanto muitos lamentam e ainda tentam processar o choque inicial
causado pelo recente aumento no preço do arroz, alguns comemoram a alta do
grão. Produtores das várzeas do Rio Jaguaribe, do Açude Orós e de lagoas em
áreas rurais de Iguatu, na região Centro-Sul cearense, se animaram com a alta e
já retomaram o plantio que, até então, estava reduzido. O Município é um dos
principais produtores do grão no Ceará.
Na primeira quinzena deste mês, o preço de venda do quilo do cereal
para os agricultores passou de R$ 1,40 para R$ 2. O cenário se mostra favorável
aos produtores.
Os agricultores de base familiar e os médios e grandes produtores estão
de olho na safra de sequeiro de 2021. Se o quadro favorável se mantiver, a área
de cultivo de arroz irrigado no segundo semestre do próximo ano deve dobrar em
relação ao período atual, saindo de 1.500 hectares para três mil hectares.
Perspectiva - Ampliar a produção de arroz não depende
apenas da majoração do preço, mas de boas chuvas que garantam recargar aos
reservatórios. “Se o Açude Orós chegar a 70% no próximo ano, teremos uma área
de mais de três mil hectares só no entorno do reservatório”.
Quem insistiu e plantou arroz irrigado nas várzeas do rio Jaguaribe se
beneficiou.
Comercialização - Na feira livre de Iguatu, o arroz
desapareceu desde a semana passada.
Nos mercantis e mercadinhos, o quilo do arroz varia entre R$ 4,60 e R$
5,10. O pacote de cinco quilos é vendido por R$ 23,99, o de melhor qualidade.
“No começo do mês comprava cinco quilos por 16 reais. E não é só o arroz,
outros produtos também estão subindo”.
As indústrias locais de beneficiamento de arroz também alegam
dificuldades para compra do produto que tem origem em Tocantins. “Em agosto, a
saca de 60 quilos custava R$ 107, mas hoje foi para R$ 135 e já falam em R$
150”.
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