Comissão da Câmara dos Deputados
elaborou relatório com 65 mortes ocorridas no Brasil, sem sentença transitada
em julgado
A Chacina da Messejana deixou 11
vítimas (a maioria jovens, sem passagem pela Polícia)
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
(CDHM) enviou, na última segunda-feira (31), um relatório à Organização das
Nações Unidas (ONU), para denunciar 65 mortes ocorridas por intervenção
policial, no Brasil, sem sentença transitada em julgado. Entre os casos, estão dois crimes ocorridos em Fortaleza: a Chacina da
Messejana e um duplo homicídio no bairro Ellery.
A Chacina da Messejana deixou 11 vítimas (a maioria jovens, sem
passagem pela Polícia), na madrugada de 12 de novembro de 2015. Um total de 45
policiais militares chegou a ser denunciado pelos homicídios, mas apenas 31
deles foram pronunciados pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) para irem a
julgamento.
A CDHM também lembrou das mortes de Ingrid Mayara Oliveira Lima, 18, e
Igor de Andrade Lima, com 16, em uma confusão envolvendo brincantes de uma
festa de Pré-Carnaval em 2013 e a Polícia Militar, que foi acionada para
verificar uma denúncia de som alto. Dois PMs foram expulsos da Corporação pela
ação desastrosa, mas foram absolvidos na Justiça Estadual. O Ministério Público
do Ceará (MPCE) recorreu à segunda instância.
As 68 mortes, ocorridas entre junho de 1999 até junho de 2020, foram
descritas pelas famílias, que deram consentimento para que os casos fossem
levados à ONU.
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