Graves denúncias revelam que
suspeito prescrevia remédios controlados para pacientes
"Cláudio" é investigado
pelas autoridades após várias denúncias
O Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) recebeu uma grave
denúncia da atuação de um falso profissional da área. O homem teria utilizado
ilegalmente carimbos de uma médica e falsificado a assinatura dela para
prescrever medicamentos de uso controlado a pacientes de uma clínica de
recuperação de dependentes químicos. O fato ocorreu no Município do Eusébio, na
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
O suspeito, que já é investigado também pela Polícia por outros
delitos, foi identificado como Claudiomiro
Nascimento Silva, 40 anos, conhecido por “Cláudio”. Ele desapareceu após fechar a Clínica
Terapêutica da Mulher Unidade Gotas, situada no bairro Precabura, no Eusébio.
Ali teria tentado assassinar sua ex-sócia no negócio quando esta descobriu que “Cláudio”
estava acumulando dívidas em uma má gestão administrativa e financeira.
Um documento que foi entregue ao CRM comprova a veracidade e gravidade
da denúncia de atuação do falso médico. O manuscrito é datado de 14 de julho
último, que foi protocolado no Conselho, sob o número 72241/2020, e assinado
pela médica Arislene Maria Cordeiro Gondim de Paiva. No documento ela pede providências legais à
entidade:
O caso poderá ser investigado também pela Polícia Civil, que,
recentemente, prendeu um falso dentista em Fortaleza. No caso de “Cláudio” o
fato é bem mais grave, pois se trata de crime contra a saúde pública, já que a
prescrição de medicamentos de uso restrito ou “faixa preta” somente pode ser feita por médicos
especializados no tratamento de doenças adquiridas pela dependência química.
Ameaças também - No caso das agressões sofridas pela ex-sócia de Cláudio, o caso foi apurado pela Delegacia Metropolitana do Eusébio (DME) e já se encontra em tramitação no Fórum daquela comarca. Vários Boletins de Ocorrência (B.Os) também foram registrados pelos ex-funcionários da clínica, diante de ameaças do falso médico. Tais ameaças teriam sido dirigidas por “Cláudio” aos funcionários que lhe cobravam o pagamento de direitos trabalhistas.
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