O grupo era formado por
vigilantes de um carro-forte e furtou cerca de R$ 700 mil
O parecer da promotora causou
surpresa às autoridades policiais
Um parecer do Ministério Público do Estado do Ceará pegou de surpresa
as autoridades da Segurança Pública local. Com menos de 24 horas após a prisão
de uma quadrilha que furtou cerca de R$ 700 mil e simulou um ataque com
incêndio na agência do Bradesco em Aratuba, uma promotora de Justiça de plantão
deu parecer favorável para que a Justiça ponha em liberdade os suspeitos. O
bando era formado por quatro vigilantes de um carro-forte.
O parecer foi assinado pela promotora de Justiça, Alessandra Gomes Loreto, de plantão no 7º Núcleo Regional do MP, na
Capital, no mesmo dia da conclusão do flagrante (07). Em um documento de duas
páginas, ela alega que “o crime foi cometido sem violência ou grave ameaça à
pessoa, mas tão somente ao patrimônio. Logo, não há justificativa para a
constrição cautelar (prisão) dos implicados no crime”.
Os quatro homens presos são vigilantes e trabalhavam em um carro-forte
de uma empresa de segurança privada responsável por abastecer os caixas
eletrônicos em agências bancárias na Capital e no Interior. Na sexta-feira
passada (04) eles teriam recebido a missão de repor dinheiro nos caixas do Bradesco
de Aratuba. No entanto colocaram nos equipamentos apenas uma pequena parcela de
notas e furtaram mais de R$ 700 mil.
Para apagar as pistas do furto, eles voltaram à agência na noite de domingo
(06), furtaram o restante do dinheiro sem precisar explodir os caixas e
incendiaram o banco. O prédio ficou destruído pelo fogo. Mas, durante um cerco
da Polícia na região, os quatro foram presos e parte do dinheiro e das armas do
bando foi apreendida pela Polícia Militar na residência dos suspeitos, em
Fortaleza.
Prisão da quadrilha - O cerco aos suspeitos e a prisão foram
efetuados por patrulhas dos batalhões de Comando Tático Rural (BP/Cotar) e
Comando Tático Motorizado (BP/Cotam), ambos pertencentes ao Comando de
Policiamento Especializado de Choque (CPE-Choque). A quadrilha foi encaminhada à Delegacia de
Policia Civil de Baturité e autuada em flagrante. Armas, dinheiro, munição e um veículo usado
no crime foram apreendidos.
No mesmo dia em que foi lavrado o flagrante contra a quadrilha, na
segunda-feira, dia 7 de Setembro, feriado, a promotora de Justiça Alessandra
Gomes Loreto emitiu o parecer e o encaminhou à Justiça opinando pela concessão
da liberdade provisória para o bando, com imposição de medidas cautelares.
Os quatro vigilantes presos foram identificados como Rômulo César
Martins da Silva, Francisco Antônio da Silva, Alexandre Vieira dos Santos e
Bruno Matos Queiroz. Um deles está internado, sob escolta policial, no
IJF-Centro, por ter sofrido queimaduras no incêndio na agência. Os demais
seguem detidos na carceragem do Complexo das Delegacias Especializadas (CODE),
em Fortaleza.
FONTE – cn7.com.br
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