O bando colocava obstáculos na pista para forçar a parada dos veículos e atacá-los
Três bandidos suspeitos da morte de um policial militar estão detidos
na carceragem do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em
Fortaleza. Eles acabaram presos após terem ido até à sede daquele órgão
policial “tomar satisfações” da razão de estarem sendo apontados como
envolvidos no crime. O PM foi morto sem,
ao menos, reagir ao ataque dos assaltantes.
Foi baleado sem, sequer, ter
sacado sua arma.
De acordo com a Polícia Civil, Romário Pereira Silvério, 25 anos; Lucas
Salviano da Silva, 25; e José Miquéias da Silva, 19, são os responsáveis pelo
assassinato do soldado PM Frank Dellano
de Almeida Nunes, 25. O militar foi baleado e morto na manhã do último
domingo (20), no Distrito de Cristais, no Município de Cascavel, na Região Metropolitana
de Fortaleza (RMF).
Horas após o crime, quando a Polícia fazia uma caçada aos criminosos,
os nomes dos três suspeitos logo apareceram nas redes sociais. No dia seguinte,
eles se apresentaram no DHPP para questionar a razão de estarem sendo apontados
como suspeitos do caso. Mas, segundo a delegada Cláudia Guia, titular da 11ª
Delegacia do DHPP, não ficou
caracterizada uma apresentação espontânea. “Eles estavam sendo
procurados a todo instante pela Polícia. Dei voz de prisão aos três”.
Na pista - A Polícia descobriu também que o PM, que
viajava de carro com dois amigos – da Capital em direção ao Município de
Iguatu, no Centro-Sul do estado – não reagiu à abordagem dos ladrões, que havia
colocados pedaços de pneus velhos na pista para forçar a parada dos veículos.
Ao perceberem que um dos reféns no assalto era policial, eles decidiram
matá-lo. Baleado, o soldado Frank foi
socorrido ao Hospital da cidade de Morada Nova, mas não resistiu, Foi o 16º
agente da Segurança Pública morto no Ceará em 2020.
De acordo com o Policiamento Especializado de Choque (CPE-Choque), os
homens presos costumavam praticar assaltos naquele trecho da BR-116 e já
respondem a inquéritos policiais por esta prática. O modo de agir era sempre o
mesmo: colocavam obstáculos na pista para forçar a parada dos veículos. Então,
saíam do mato nas margens da estrada e atacavam as vítimas.
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