Há alguns meses especialistas têm apontado para a presença de máscaras como um novo tipo de lixo na faixa litorânea
A máscara facial N95 estava presa
no estômago do animal, o que causou morte por inanição
Um pinguim-de-Magalhães foi encontrado por banhistas morto na praia de
Juquehy, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O caso seria mais um
entre muitos animais marinhos que aparecem mortos no litoral paulista, não
fosse por um detalhe que chocou os biólogos que realizaram a autópsia.
Profissionais do Instituto Argonauta, em Ubatuba, para onde o corpo do
animal foi levado, detectaram uma máscara facial N95 presa no estômago do
animal, o que causou morte por inanição. Há alguns meses o instituto já vinha
alertando para a presença de máscaras como um novo tipo de lixo na faixa
litorânea.
O problema se agravou no feriado de 7 de Setembro, quando a maioria das
praias ficou tomada por lixo deixado pelos turistas e moradores. Muitas
máscaras foram encontradas na areia e no mar. No dia seguinte, uma tartaruga
marinha foi localizada, também por banhistas, com uma garrafa plástica presa na
garganta, na praia do Perequê, em Ilhabela.
Segundo levantamento do instituto, de 16 de abril até 13 de setembro
deste ano, foram encontradas 113 máscaras descartadas de forma incorreta nas
praias do litoral norte.
Um pico foi registrado no feriado de Independência, especificamente no
dia 8 de setembro, quando foram encontradas dez máscaras.
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