sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Vazamento de fotos íntimas pode estar relacionado à morte de pai e filha de 4 anos em Granja

Suspeito de ser o mandante dos homicídios foi indiciado pela polícia, cerca de dois meses antes do crime, por vazar fotos de mulheres da cidade

Agricultor e a filha de 4 anos foram mortos a tiros no dia 7 de julho, na varanda da casa onde moravam, na zona rural de Granja

A morte de um agricultor e da filha de quatro anos e o vazamento de fotos íntimas de mulheres da cidade de Granja, podem estar relacionados, conforme investigações da Polícia Civil. A prisão de dois suspeitos do duplo homicídio aconteceu dois dias após o crime, durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia CE-085.
Segundo a delegada Patrícia de Brito Mendonça, da Delegacia Municipal de Granja, em meados do mês de maio, o suspeito de ser o mandante do duplo homicídio divulgou, nas redes sociais, fotos íntimas de três mulheres da região.
“O fato chocou a cidade de Granja por tamanha violência de gênero ao sexo feminino. Iniciados os trabalhos de investigação, chegou-se à conclusão de que o possível autor das divulgações seria um ex-companheiro de duas das três mulheres (a terceira vítima não foi identificada ainda), pois estaria inconformado com o término do relacionamento com uma delas”. O homem foi indiciado pelo crime de divulgar cena de sexo ou de pornografia, conforme artigo 218 C, do Código Penal.

Prisões - Quatro homens suspeitos de participação no duplo homicídio foram presos, temporariamente, na semana passada. Um dos detidos, suspeito de ser o mandante das mortes, foi autuado pela polícia, cerca de dois meses antes dos homicídios, por divulgar cenas íntimas de mulheres do município.
Na última quarta-feira (2), os mandados de prisão temporária por homicídio qualificado foram prorrogados, enquanto a polícia mantém as investigações sobre os casos.

Duplo homicídio - João Batista Sousa Monteiro, de 45 anos, saiu para atender um chamado quando foi atingido pelos disparos, na varanda de casa. A filha, identificada como Juliana Souza Monteiro, estava perto do pai e também foi baleada. A criança chegou a ser socorrida, porém morreu no hospital. 
A delegada Patrícia de Brito afirma que as investigações seguem em andamento e, para não comprometer as apurações, a Polícia Civil não pode revelar os nomes dos investigados nem informar quais são os indícios que ligam os dois crimes.

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