Foragido há quinze anos, Luciano Castro de Oliveira, vivia uma vida discreta na cidade de Tejupá, que tem menos de cinco mil habitantes
Polícia encontrou notebook, três celulares
e R$ 18 mil em espécie na casa do suspeito
O criminoso mais procurado do Brasil, Luciano Castro de Oliveira,
conhecido como “Zequinha”, vivia uma vida extremamente discreta e pacata na
cidade de Tejupá, interior de São Paulo, onde foi preso nesta quinta-feira (17)
em operação cinematográfica. "Ele chegou a vender limões na região para se
disfarçar".
O homem conseguiu passar mais de 15 anos foragido, sendo considerado um
dos presos mais procurados do Brasil e de São Paulo, após suposta participação
em roubos contra empresas de transportes de valores, agências bancárias e redes
varejistas de eletroeletrônicos na região de Campinas.
De acordo com a investigação, Luciano Castro de Oliveira vivia no local
junto de sua esposa há cerca de quatro anos. Ele usava documentos de
identificação falsos, sob a alcunha de "João Luciano Vitorino Souza".
O local fixado para a residência do foragido ajudava ainda mais a
manter a vida reclusa. Com menos de 80% das vias não são urbanizadas, o
município de Tejupá tem menos de 4.500 habitantes e é composto principalmente
por chácaras e áreas verdes.
O homem ainda é acusado de outros crimes de latrocínio e homicídio. A
polícia tem quatro mandados de prisão contra ele, que somam mais de 80 anos de
prisão caso haja a condenação.
Dentro da residência de Zequinha, a polícia encontrou um notebook, três
celulares e R$18 mil reais em espécie, escondidos na cozinha do homem. Depois
que os policiais cercaram sua chácara, ele não reagiu e confessou ser Luciano
Castro de Oliveira.
Depois de confirmar a identidade do suspeito, a polícia o encaminhou
para o sistema prisional de Avaré, de onde ele será transferido em breve,
provavelmente a um presídio federal.
A polícia ainda investiga se o homem participou de ataques recentes a
banco, como o que ocorreu em Botucatu em agosto deste ano, e se o homem era
auxiliado por outras pessoas.
Currículo extenso - "Zequinha" tem 46 anos e é natural
de Campo Mourão, no Paraná. Ele aparece na lista dos criminosos mais procurados
do país pelos crimes de roubos e associação criminosa.
Ele é suspeito de envolvimento no assalto que ocorreu no Paraguai em
2018, que deixou um prejuízo de cerca de R$ 120 milhões a uma transportadora de
valores.
Segundo o Ministério da Justiça, em 1992, Zequinha foi condenado por
roubo ao BIC (Banco Comercial Industrial) em Campinas. Foi libertado em 1994,
por indulto presidencial. Ele também foi
condenado, em outros processos judiciais, por porte ilegal de arma, uso de
documento falso, roubo, formação de quadrilha, latrocínio, extorsão e
sequestro.
Em 2005, foi preso novamente por formação de quadrilha e uso de nome
falso. A quadrilha estava cavando um túnel em direção a um banco em São Paulo.
Logo em seguida, obteve liberdade. Em 2006, foi investigado pela tentativa de
furto ao ABN Amro.
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