SEIS FICARAM FERIDOS
Dois policiais militares foram assassinados a tiros, em um intervalo de
cerca de duas horas, numa fazenda localizada na região de Porto Velho.
A suspeita é que os crimes teriam sido cometidos por um grupo de
invasores de uma área próxima do local onde os PMs estavam. Ninguém foi preso
até o momento.
O primeiro PM a morrer foi o sargento Márcio Rodrigues da Silva. Ele
foi atingido pelos disparos por volta das 17h do último sábado (03) dentro de
uma viatura, onde também estava um grupo de policiais que investigavam a morte
do tenente aposentado José Figueiredo Sobrinho, assassinado cerca de duas horas
antes. O crime foi registrado numa fazenda no distrito de Mutum-Paraná.
Segundo relatos da polícia, o tenente estava pescando com sobrinhos
quando um grupo de pessoas que invadiu uma área no local dias antes se
aproximou do veículo da vítima e mexeu em documentos dentro do carro. Eles
identificaram que a vítima era policial e então perguntaram quem era o tenente
Figueiredo.
Ainda de acordo com a versão da polícia, o tenente se identificou e foi
alvejado pelo grupo com cerca de 20 tiros. Figueiredo Sobrinho morreu no local.
Ao tomar conhecimento do crime, uma viatura da PM tentou ir até o local
onde estava o corpo do tenente Figueiredo, mas uma árvore estava atravessada na
estrada de terra, segundo relato dos próprios policiais.
Quando os policiais tentavam desobstruir a via, foram alvo de uma nova
emboscada pelo mesmo grupo, ainda segundo o relato da PM. Dezenas de tiros
foram disparados pelos criminosos. Parte dos tiros atingiram o sargento
Rodrigues. Ferido, ele tentou fugir para mata e morreu no local. O corpo dele
foi encontrado no domingo (4).
Um outro tenente, ferido gravemente com um tiro de fuzil nas costas,
foi socorrido e levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do distrito
de Jacy-Paraná.
De lá, seguiu para um pronto-socorro de Porto Velho. Após cirurgia, o estado
de saúde dele é estável.
Outros dois policiais, baleados de raspão, foram socorridos, mas não
correm risco de morrer. Os demais atingidos também tiveram ferimentos sem
gravidade.
Há 15 dias, um documento encaminhado por policiais civis do distrito
para a Diretoria de Polícia Metropolitana (Depom), da Polícia Civil de
Rondônia, já havia solicitado uma operação policial para a área invadida,
"por tratar-se de atos de guerrilha e de desapropriação armada",
segundo trecho do relatório. Porém, não houve nenhuma visita policial ao local.
Em nota, divulgada antes de se confirmar a segunda morte, a Polícia
Militar de Rondônia lamentou a morte do tenente, "bem como os resultados
catastróficos da averiguação policial que resultou em policiais militares
feridos durante a ocorrência".
Ainda segundo a PM, um efetivo de 60 militares de diversos batalhões
foram enviados ao local. Barreiras também estão sendo montadas nas principais
linhas que dão acesso à região onde os criminosos estão escondidos.
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