No Açude Trussu, o avanço físico é de 95%
Nos últimos dois anos, os bons volumes pluviométricos registrados nas
quadras chuvosas (fevereiro-maio) expuseram um cenário de alerta: a conservação
estrutural dos reservatórios cearenses. A maioria foi edificada sem qualquer
acompanhamento técnico e há vários anos, deixando a estrutura, em alguns casos,
vulnerável, impactando diretamente na rotina de famílias ribeirinhas. Agora, o
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) mapeou as barragens
federais de maior risco para garantir mais segurança estrutural aos açudes.
A medida busca evitar problemas em barragens, como ocorreu no município
de Quiterianópolis, no Sertão dos Inhamuns. Em março deste ano, o rompimento de
cinco açudes deixou 10 famílias desabrigadas e mais de 100 desalojadas em várias
localidades do Município.
A Coordenadoria Estadual do Dnocs no Ceará, pontuou que uma visita in
loco identificou os reservatórios "que mais carecem de atenção" e,
após o resultado da licitação aberta no último dia 23, terão início as obras.
"O prazo de execução é de seis meses. Não será finalizada até o período de
início de chuva no Ceará".
A recuperação acontecerá nas barragens Frios (Umarim); Caxitoré
(Umirim); Serrota (Pentecoste); Santo Antônio de Russas (Russas); Quixeramobim
(Quixeramobim); Poço do Barro (Morada Nova); Feiticeiro (Jaguaribe); Manuel
Balbino (Caririaçu); Jenipapeiro (Dep. Irapuan Pinheiro) e Nova Floresta
(Jaguaribe). Em todas elas, apesar das obras não ficarem prontas até o início
da quadra chuvosa, o Dnocs não considera risco de rompimento.
Obras em atraso - Além das dez barragens previstas para intervenção no início de 2021, outras cinco estão com obra em andamento: Trici e Favelas (Tauá); Serafim Dias (Mombaça); Gomes (Mauriti) e Roberto Costa/Trussu (Iguatu). As obras começaram em julho de 2019 e deveriam ter sido concluídas em dezembro do ano passado. Agora, o novo prazo é para fevereiro de 2021. As recuperações fazem parte de um pacote contratado pelo Dnocs no valor de R$ 10 milhões.
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