domingo, 27 de dezembro de 2020

Segurança na quadra chuvosa - 10 açudes do Ceará passarão por obras em 2021

No Açude Trussu, o avanço físico é de 95%

Nos últimos dois anos, os bons volumes pluviométricos registrados nas quadras chuvosas (fevereiro-maio) expuseram um cenário de alerta: a conservação estrutural dos reservatórios cearenses. A maioria foi edificada sem qualquer acompanhamento técnico e há vários anos, deixando a estrutura, em alguns casos, vulnerável, impactando diretamente na rotina de famílias ribeirinhas. Agora, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) mapeou as barragens federais de maior risco para garantir mais segurança estrutural aos açudes.
A medida busca evitar problemas em barragens, como ocorreu no município de Quiterianópolis, no Sertão dos Inhamuns. Em março deste ano, o rompimento de cinco açudes deixou 10 famílias desabrigadas e mais de 100 desalojadas em várias localidades do Município.
A Coordenadoria Estadual do Dnocs no Ceará, pontuou que uma visita in loco identificou os reservatórios "que mais carecem de atenção" e, após o resultado da licitação aberta no último dia 23, terão início as obras. "O prazo de execução é de seis meses. Não será finalizada até o período de início de chuva no Ceará".
A recuperação acontecerá nas barragens Frios (Umarim); Caxitoré (Umirim); Serrota (Pentecoste); Santo Antônio de Russas (Russas); Quixeramobim (Quixeramobim); Poço do Barro (Morada Nova); Feiticeiro (Jaguaribe); Manuel Balbino (Caririaçu); Jenipapeiro (Dep. Irapuan Pinheiro) e Nova Floresta (Jaguaribe). Em todas elas, apesar das obras não ficarem prontas até o início da quadra chuvosa, o Dnocs não considera risco de rompimento.

Obras em atraso - Além das dez barragens previstas para intervenção no início de 2021, outras cinco estão com obra em andamento: Trici e Favelas (Tauá); Serafim Dias (Mombaça); Gomes (Mauriti) e Roberto Costa/Trussu (Iguatu). As obras começaram em julho de 2019 e deveriam ter sido concluídas em dezembro do ano passado. Agora, o novo prazo é para fevereiro de 2021. As recuperações fazem parte de um pacote contratado pelo Dnocs no valor de R$ 10 milhões.

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