Policial militar foi alvo da Operação Gênesis, deflagrada
pelo Ministério Público do Ceará contra uma organização criminosa
A Vara da Auditoria
Militar, da Justiça Estadual, negou um pedido de revogação da prisão
preventiva, com aplicação de medidas cautelares, de um policial militar acusado
de integrar uma organização criminosa que extorquia traficantes na Região Metropolitana
de Fortaleza (RMF).
A decisão contra o
primeiro sargento José Urubatan de Oliveira foi publicada no Diário da Justiça
Eletrônico da última quinta-feira (07). Conforme o documento, o PM deve
continuar sob custódia do Presídio Militar. A defesa do acusado não foi
localizada.
A organização criminosa
foi alvo da Operação Gênesis, deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), em setembro do ano
passado. Policiais civis e militares e traficantes foram presos.
Conforme as
investigações, um policial civil aposentado liderava o grupo criminoso e
cooptava outros policiais, para, a partir de informações do Sistema da Polícia,
chegar a traficantes médios, realizar abordagens com 'ares de legalidade' e
extorqui-los. Caso um pagamento em dinheiro não fosse realizado, o suspeito era
preso. A organização criminosa também se utilizava de outros traficantes para
receber informações privilegiadas.
Outra denúncia de extorsão - O sargento Urubatan também é acusado de extorsão, junto de mais um PM, em
outro processo criminal que tramita na Vara Militar, contra uma comerciante que
trabalha na feira do bairro São Cristóvão.
De acordo com a
denúncia do MPCE, a mulher recebeu ameaças de que não iria trabalhar caso não
pagasse propina para os policiais militares, por estar supostamente
desrespeitando as medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus, na feira.
No processo, a defesa
do sargento alega que não há motivos para a prisão preventiva, que o cliente
não representa risco para a ordem pública, "é pessoa do bem, possuindo
residência fixa e profissão definida".
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